Uma excelente oportunidade para o público francês (…)
Alice Orange · Directora, Festival de Sablé (2012) · França
O concerto Diáspora que teve lugar em Agosto de 2012, no Festival de Sablé, constituiu-se como uma excelente oportunidade para o público francês descobrir um repertório dedicado a um aspecto essencial da cultura musical portuguesa, o qual é muito raramente apresentado em França. Ainda que respeitando as suas fontes, os Sete Lágrimas interpretam estas peças (vilancicos) com imaginação e criatividade, numa abordagem que garante a relevância da música antiga, para hoje e para o futuro.
(…) independentemente da música e da sua época, tratam a nossa identidade através da música como poucos.
André Cunha Leal · Director Artístico, Festival Dias da Música em Belém/Centro Cultural de BeléM (CCB) · Autor, Antena 2 - Rádio Clássica · Director Artístico, Festival de Alcobaça · Portugal
Lembro-me perfeitamente da primeira vez que ouvi os Sete Lágrimas. Foi na Antena 2 e foi com o CD Diaspora.pt. Foi como que paixão à primeira vista. Para mim, a questão de identidade musical foi sempre uma necessidade. Filho de cabo-verdiana, cresci a ouvir as mornas e as coladeiras, mas também o samba e a bossa-nova, bem como o nosso fado e, no entanto, sempre com a grande paixão pela música erudita e pela ópera. Talvez por esse motivo alimentasse a necessidade de encontrar na música essa identidade lusófona que me é tão cara e que faz parte do meu ADN. Quando ouvi o CD Diaspora.pt pela primeira vez, foi como se tivessem encontrado uma resposta perfeita para essa minha necessidade de expressão de uma identidade musical baseada nos cânones da grande história da música, mas de raiz claramente lusófona. A partir daí fiquei um absoluto fã dos Sete Lágrimas – não só no que diz respeito a esse trabalho com uma identidade musical da diáspora, mas igualmente em projetos como Kleine Musik numa ponte perfeita entre tempos e épocas com a música de Heirich Schütz e de Ivan Moody, ou a Missa Mínima com música do Filipe Faria e do Sérgio Peixoto, os grandes responsáveis por este projecto que, independentemente da música e da sua época, tratam a nossa identidade através da música como poucos.
Não surpreende que, dez anos passados, os Sete Lágrimas se tenham estabelecido a nível internacional como um dos mais importantes ensembles do seu género.
Andrew Smith · Compositor · Inglaterra
Encontrei-me pela primeira vez com os Sete Lágrimas há 10 anos, quando estes me pediram para contribuir com uma obra para o seu disco Silêncio, de 2009. Fiquei imediatamente impressionado com a qualidade do seu trabalho – das vozes suaves e harmoniosas de Filipe e Sérgio ao deslumbrante design e tratamento dos seus CD e materiais promocionais. O seu projecto é um acto de amor que não faz qualquer cedência em termos de qualidade. Não surpreende que, dez anos passados, os Sete Lágrimas se tenham estabelecido a nível internacional como um dos mais importantes ensembles do seu género. Tenho muito orgulho de me ter associado aos Sete Lágrimas e felicito-os pelos 20 anos de maravilhosa produção musical, desejando-lhes tudo de bom para o futuro.
O que começara por ser um projecto artístico baseado numa leitura rigorosa de partituras e na qualidade interpretativa expandiu-se nesses anos até se tornar um programa de intervenção ambicioso e profundamente original.
António Mega Ferreira · Director Executivo, AMEC Metropolitana · Portugal
Comecei a conhecer o trabalho do consort Sete Lágrimas em 2007, pouco tempo depois de assumir funções de direcção no Centro Cultural de Belém. (...) [A] estudada simplicidade e admirável rigor [no álbum Lachrimae #1] das recriações de música que nos é habitualmente distante impressionaram-me com a força de uma revelação. As prestações dos cantores e músicos do conjunto denotavam uma tal intimidade com o repertório escolhido que era como se nos fosse devolvido em toda a sua frescura original o percurso de compositores e músicas que para sempre tínhamos arquivado na memória. O acto inaugural (em disco) seria continuado em 2008 com o magnífico Kleine Musik, inteiramente dedicado à música de Heinrich Schütz. Sete Lágrimas, animado pela iniciativa e pelas vozes de Filipe Faria e Sérgio Peixoto, apresentou -se regularmente, nos anos seguintes, no quadro da programação de música do CCB, vindo a ser Ensemble Associado na temporada 2011/12 e mantendo uma colaboração continuada com aquele centro de artes performativas. O que começara por ser um projecto artístico baseado numa leitura rigorosa de partituras e na qualidade interpretativa expandiu-se nesses anos até se tornar um programa de intervenção ambicioso e profundamente original. Sete Lágrimas foi declinando a sua ideia em interpretações de música antiga e de música contemporânea, encomendando obras a compositores vivos (Ivan Moody, João Madureira, Andrew Smith) sensíveis ao programa e à instrumentação da música antiga, e acabando por alargar o seu espectro de actuação a formas tradicionais de música popular, de Lisboa a Macau, do Brasil a Timor, em caleidoscópico repositório de formas e cantos materializado nos três discos do projecto Diáspora, editados entre 2008 e 2012. Da já importante discografia de Sete Lágrimas, apraz-me destacar En tus brazos una noche, de 2012, dedicado à colecção integral dos romances e canções sobreviventes do compositor seiscentista português Manuel Machado, e Vento, de 2010, preenchido com a notável Missa de Pentecostes de João Madureira. Um e outro documentam bem os dois vectores fundamentais da profícua actividade musical de Sete Lágrimas, que comemora neste momento 20 anos de existência, e continua a desdobrar-se em projectos discográficos, instalações sonoras e eventos de programação musical, que tornam o consort único no panorama artístico e musical português.
(…) os cinco músicos dos Sete Lágrimas revelaram-se ímpares nas artes do teatro.
Benjamin Prins · Encenador e Dramaturgo · França
Fiz questão de escrever este testemunho para tentar compreender em que medida a aventura artística com os Sete Lágrimas completa, à sua maneira, o percurso artístico que iniciei em 2005, primeiro como assistente e depois como encenador, e alguns anos mais tarde como dramaturgo.
Esta reflexão surgiu no âmbito de uma das representações de Les Explorateurs [Os Exploradores], em Outubro de 2018, na Philharmonie Luxembourg, quando, no momento em que os artistas agradecem, fico espantado com o facto de o público aplaudir calorosamente o papel do peixe, o melhor amigo do herói. Um papel desempenhado por um vulgar pedaço de plástico cor-de-laranja.
Como foi que, durante o intenso período de criação, os músicos do ensemble Sete Lágrimas se tornaram verdadeiros homens e mulheres do teatro ao ponto de conseguirem fazer o público acreditar numa fábula inverosímil?
Dramaturgia musical, a alteridade ou o poder da catarse: A arquitectura do espectáculo é, acima de tudo, sonora e musical. O repertório originado dos álbuns Diáspora, Península e Terra serve, efectivamente, de esqueleto à escrita da história original. (...). A carta branca que o Sérgio e o Filipe me confiaram revelou-se, verdadeiramente, um mapa do tesouro. A força de um espectáculo reside no envolvimento cénico da companhia: os cinco músicos dos Sete Lágrimas revelaram-se ímpares nas artes do teatro.
Actores, cenógrafos sonoros, músicos, dançarinos, ventríloquos, maquinistas, atentos às luzes, realizando eles próprios a sua maquilhagem, cuidando dos seus figurinos como de uma segunda pele, organizando os seus acessórios com a mesma importância que dão aos seus instrumentos de época. Este empenho total fez-se sentir na qualidade do espectáculo. Foi graças a este "grau adicional" que se pode dizer que a temperatura passou de 99 a 100 graus, e essa é a diferença entre um bom espectáculo e um espectáculo que ferve. Como a água que se transforma em vapor a uma temperatura precisa, podemos dizer que a catarse opera no teatro quando o investimento emocional é total. Qual coro trágico.
Um concerto memorável que espelha na perfeição os caminhos de comunicação e de intercâmbio cultural entre a Europa e o Mundo (…)
Carlos Monjardino · Presidente do Conselho de Administração, Fundação Oriente · Portugal
A Fundação Oriente celebrou em Março de 2018 o seu 30º aniversário e nada melhor para assinalar esta data do que a apresentação no Museu do Oriente do excelente trabalho de pesquisa musical desenvolvido pelo consort Sete Lágrimas em torno da memória da música erudito-popular nos cinco continentes. Um concerto memorável que espelha na perfeição os caminhos de comunicação e de intercâmbio cultural entre a Europa e o Mundo e reflecte também o trabalho prosseguido por esta Fundação ao longo destes 30 anos. Felicitamos o consort Sete Lágrimas pelos seus 20 anos de actividade e de reunião de um importante repertório que mostra as referências da música portuguesa. Desejamos poder continuar associados à promoção dos seus novos trabalhos.
(…) um diálogo descomplexado entre universos estéticos diversos (…)
Cristina Fernandes · Musicóloga, Universidade Nova de Lisboa · Crítica Musical, Público · Portugal
O agrupamento Sete Lágrimas foi construindo ao longo dos últimos 20 anos um percurso marcante no panorama português através de uma apropriação criativa de repertórios da música antiga, da música contemporânea e da tradição oral. O papel interventivo dos seus músicos através de arranjos, improvisações e olhares inesperados sobre a música de vários contextos históricos, geográficos e culturais contribuiu para um diálogo descomplexado entre universos estéticos diversos e para convocar um salutar cruzamento de públicos.
(…) conquistou por completo a audiência e também a crítica, que elogiou a maravilhosa energia e musicalidade espontânea dos intérpretes.
Daniela Theinová · Festival Manager, Letní Slavnosti Staré Hudby [Festival de Verão de Música Antiga, Praga] (2014) · República Checa
A estreia dos Sete Lágrimas na República Checa, em 2014, foi um dos momentos altos do 15.º Festival de Verão de Música Antiga, em Praga. A sua apresentação do programa intitulado Tururu farara, composto por um repertório bastante alargado de peças do século XV ao século XVIII, conquistou por completo a audiência e também a crítica, que elogiou a maravilhosa energia e musicalidade espontânea dos intérpretes. Um exemplo: "O conjunto português Sete Lágrimas impressionou o público entusiasta que se juntou em grandes números no Palácio Troja, deixando-se encantar com as ardentes músicas de dança originárias das esferas de influência portuguesa em África e na América do Sul." (Vladimir Riha, Novinky.cz). Em nome do organizador, posso confirmar que, quatro anos passados, o público ainda guarda na sua memória este extraordinário evento musical. Teremos imenso prazer em convidar os Sete Lágrimas para regressarem a Praga.
Gosto do Sete Lágrimas, do som, das interpretações, da verdade que daqui irradia.
Eduardo Ferro Rodrigues · Presidente da Assembleia da República · Portugal
Gosto do Sete Lágrimas, do som, das interpretações, da verdade que daqui irradia. Gosto do Sete Lágrimas para ouvir calmamente no sofá, mas sobretudo de ver e ouvir ao vivo como aconteceu recentemente com o seu Projecto Diáspora. Gosto que me tenham desafiado para estas curtas palavras introdutórias, não apenas como Presidente da Assembleia da República, mas como amante da boa música e amigo de há muitos anos do Filipe Faria. Força e felicidades para a continuação da já longa e brilhante carreira nacional e internacional do Sete Lágrimas.
A começar pela alegria que têm em partilhar a música; a subtileza das interpretações; o repertório que, fascinado, quase sempre descubro pela primeira vez; o profissionalismo exemplar; o bom gosto, sempre.
Francisco Sassetti · Senior Manager Artistic Planning, Philharmonie Luxem-bourg · Luxemburgo
Conheci os Sete Lágrimas quando trabalhava no Centro Cultural de Belém (ou terá sido ainda antes?). Primeiro, através das magníficas edições discográficas que fui descobrindo ao longo do tempo e, pouco depois, ao vivo. Tive a sorte e o enorme prazer de poder contribuir para a residência do ensemble na Temporada 2011/12 do CCB e de ter assistido a três magníficos concertos. E o prazer repetiu-se cada vez que os pude ver e ouvir ao vivo, as últimas vezes já na Philharmonie Luxembourg. Muito poderia dizer sobre o que gosto nos Sete Lágrimas, porque, de facto, é muita coisa! A começar pela alegria que têm em partilhar a música; a subtileza das interpretações; o repertório que, fascinado, quase sempre descubro pela primeira vez; o profissionalismo exemplar; o bom gosto, sempre. E, porque se deve celebrar as pequenas-grandes coisas, a enorme simpatia, simplicidade e generosidade do Filipe, do Sérgio e de todos os outros membros do grupo. Parabéns pelos 20 anos e que contem muito mais!
A ovação final foi mais que merecida.
Frank Pauwels · Head Artistic Planning, Muziekcentrum De Bijloke Gent (2017) · Bélgica
O programa Diáspora proporcionou-nos uma magnífica panorâmica do repertório variado da música tradicional local de diversos países e da sua fusão (intercâmbios) com a pátria portuguesa. Uma casa cheia testemunhou a interpretação de um ensemble extremamente equilibrado no qual duas vozes masculinas resplandeceram em harmonia com os instrumentos. Os músicos e cantores evidenciaram, cada um à sua maneira, o mais elevado nível de competência e talento criativo artístico. A ovação final foi mais que merecida. Uma aventura emocionante, tanto para a audiência como para o organizador.
O mundo precisa destas vibrações intensas, vivas e sensíveis; Elas propagam-se.
Isaline Claeys · Directora Artística, Gent Festival van Vlaanderen/OdeGand Programme (2012) · Bélgica
Para além da música, existe o coração. Quando são abundantes e se sintonizam, abrem-se aos outros. O mundo precisa destas vibrações intensas, vivas e sensíveis; Elas propagam-se. Muito obrigada por as trazerem até nós. E por nos transportarem até elas.
Para um compositor, é um prazer raro poder desfrutar de uma tal proximidade e intensidade de colaboração com os intérpretes,
Ivan Moody · Compositor · Inglaterra
Trabalhar com os Sete Lágrimas tem sido um prazer único ao longo dos anos. Para um compositor, é um prazer raro poder desfrutar de uma tal proximidade e intensidade de colaboração com os intérpretes, como foi o caso dos projectos Kleine Musik e Silêncio, num processo recíproco que moldou tanto a música como os concertos. Aguardo com grande expectativa os próximos vinte anos.
(…) desde então, alguns dos temas interpretados fazem parte da minha vida.
Javier Marín-López · Musicólogo, Universidade de Jaén · Director, Festival de Música Antigua de Úbeda y Baeza · Espanha
Os Sete Lágrimas passaram pelo Festival de Música Antiga de Úbeda y Baeza em 2010, ano em que dedicámos monograficamente a edição às músicas de Portugal e aos processos de globalização. O seu concerto é, sem dúvida, um dos que deixaram uma memória mais grata daquela edição; desde então, alguns dos temas interpretados – e recolhidos no seu CD intitulado Diaspora.pt – fazem parte da minha vida. Os meus parabéns pelo aniversário.
O que mais me fascina (…) é a capacidade do Sete Lágrimas trazer para o nosso tempo obras de outros tempos, como se fossem concebidas hoje, ao vivo, em tempo real.
João Almeida · Director, Antena 2 - Rádio Clássica · Portugal
Parabéns, Sete Lágrimas! O tempo pode ser considerado, em muitas circunstâncias, uma prova da validade de um projecto. Como poderia perdurar, com persistência e consistência, se não tivesse qualidade? No caso do agrupamento Sete Lágrimas, porém, a longevidade dos seus 20 anos não chega para fazer justiça à sua importância. Não se trata apenas da excelência na interpretação, caucionada em incontáveis concertos, invariavelmente elogiados pela crítica, sempre aplaudidos de pé, não só no país como no mundo. Não se trata sequer do repertório inédito que nos têm revelado, pequenas e grandes jóias da música que nos provocam até um certo sentimento de culpa por não nos termos apercebido delas antes. O que mais me fascina, para além do descrito, é a capacidade do Sete Lágrimas trazer para o nosso tempo obras de outros tempos, como se fossem concebidas hoje, ao vivo, em tempo real; é a capacidade de nos pôr a ouvir música antiga como se fosse de agora e música contemporânea como se fosse antiga; a capacidade de nos provocar deleite com música popular como se fosse erudita e vice-versa. E é a circunstância de tudo isso ser de tal forma temperado com alegria, entusiasmo e “boa onda” que até parece fácil, até parece que não levaram dias, meses, anos a investigar, a estudar e a ensaiar com rigor cada peça, cada concerto, cada disco. E sem se repetirem, sempre com valor acrescentado! Ao fim destes 20 anos, continuamos, nós, ouvintes e admiradores, a cogitar: que surpresa nos reservará o Sete Lágrimas no próximo disco ou concerto? Segue por isso um obrigado do tamanho dos grandes sonhos e os votos de que a magia prossiga sem fim, galgando merecidamente o tempo como uma das experiências musicais a meu ver mais estimulantes, criativas e singulares que Portugal conheceu nas últimas décadas.
A obra dos Sete Lágrimas é um diálogo sempre pertinente
João Madureira · Compositor · Portugal
Salve Sete Lágrimas! Como compositor, pude testemunhar como é importante poder trabalhar com um grupo como os Sete Lágrimas. Tendo duas vozes matriciais e um conjunto de músicos e instrumentistas absolutamente excepcional, este grupo não se cansa de reinventar o reportório à sua volta – uma volta de séculos e de longas distâncias. A obra dos Sete Lágrimas é um diálogo sempre pertinente com um vastíssimo reportório, a partir de um espaço que, longe de ser o canto da Europa, representa a abertura desta para o mundo. Salve Sete Lágrimas!
A qualidade técnica e a sensibilidade são o seu modo de ser, a sua personalidade, a sua respiração.
Jorge Matta · Músico · Musicólogo · Maestro, Coro Gulbenkian/Fundação Calouste Gulbenkian · Portugal
Sete Lágrimas não é um vulgar grupo de cantores e instrumentistas. Sete Lágrimas é a música que brota de si mesma, com originalidade e bom gosto. Os programas dão novas visões de um criterioso repertório, por vezes fundindo sem preconceitos diferentes épocas, mas sempre com coerência e inteligência. A qualidade técnica e a sensibilidade são o seu modo de ser, a sua personalidade, a sua respiração. Parabéns, Sete Lágrimas.
(…) um projecto em contínua renovação e reinvenção (…)
Luís Tinoco · Compositor · Portugal
O tempo corre, por vezes acelerado, e observo agora com algum espanto que se cumprem duas décadas desde que a dupla Filipe Faria e Sérgio Peixoto surgiu com uma nova proposta musical, inovadora e de contornos únicos. Felizmente, o projecto Sete Lágrimas flui sem correr, lançando um olhar calmo e atento sobre as músicas do passado ao presente, do Oriente ao Ocidente, sempre com um espírito de aventura e inspiradora transversalidade. Colaborando regularmente com excelentes músicos das mais variadas origens, das músicas populares de tradição oral às músicas de tradição escrita, este é um projecto em contínua renovação e reinvenção que, seguramente, nos continuará a enriquecer e surpreender por muitos anos!
Esta arrebatadora aventura musical leva-nos numa viagem de criatividade e investigação; uma aventura criativa na qual o antigo se encontra com o novo.
Madalena Wallenstein · Programadora e Coordenadora, Fábrica das Artes/Centro Cultural de Belém (CCB) · Portugal
Esta arrebatadora aventura musical leva-nos numa viagem de criatividade e investigação; uma aventura criativa na qual o antigo se encontra com o novo. É esta abertura, liberdade e beleza musical que permeiam o encontro de longa data entre o trabalho dos Sete Lágrimas, dos seus músicos e dos seus projectos com o programa da Fábrica das Artes no CCB.
A actualidade da música antiga; a tradicionalidade da contem-porânea; o diálogo de todas as músicas, de todas as comunidades; a alegria de todos os músicos fazendo e partilhando a sua arte; o depuramento estético como desafio permanente. (…) Destas Lágrimas eu me confesso fã desde a primeira hora...
Manuel Pedro Ferreira · Musicólogo, Universidade Nova de Lisboa · Crítico Musical · Portugal
Sete Lágrimas: sete ideias que convergem, despertando a emoção: a beleza sensível dos sons que fundem; as vozes conduzindo o sentimento; a actualidade da música antiga; a tradicionalidade da contem-porânea; o diálogo de todas as músicas, de todas as comunidades; a alegria de todos os músicos fazendo e partilhando a sua arte; o depuramento estético como desafio permanente. Daí que Sete Lágrimas sejam sinónimo não de músicas, mas de pérolas musicais; não de repertórios, mas de vivências; não de vãs agitações, mas de caleidoscópicas contemplações. Destas Lágrimas eu me confesso fã desde a primeira hora...
A beleza das suas interpretações, a sua sensibilidade no tratamento do acervo musical, a modernidade do seu modo de entender a tradição, sem falsificações arqueológicas, e a mistura de evocação, ironia e bom gosto (…)
María Bolaños · Directora, Museo Nacional de Escultura - SAN GREGORIO · Espanha
Os Sete Lágrimas colaboraram em várias ocasiões importantes com o Museu Nacional de Escultura. A recepção por parte do público foi sempre entusiasta. A beleza das suas interpretações, a sua sensibilidade no tratamento do acervo musical, a modernidade do seu modo de entender a tradição, sem falsificações arqueológicas, e a mistura de evocação, ironia e bom gosto ficaram na memória de todos os que tiveram o prazer de assistir às suas interpretações, verdadeiras experiências emocionantes e inesquecíveis.
(…) a sua imensa capacidade de inovação na combinação de repertórios europeus e não europeus ofereceu à audiência uma abordagem muito refrescante à música antiga (…)
Miguel Ángel Marín · Director do Programa de Música, Fundación Juan March (Madrid) · Espanha
Ainda me recordo muito bem do concerto dos Sete Lágrimas na Fundación Juan March, em Madrid: a sua imensa capacidade de inovação na combinação de repertórios europeus e não europeus ofereceu à audiência uma abordagem muito refrescante à música antiga, abrindo caminho a interpretações verdadeiramente estimulantes.
(…) uma marca indelével (…), um diálogo tão fundamentado como criativo entre diversos tempos, geografias, culturas e gentes (…)
Miguel Sobral Cid · Director Adjunto, Serviço de Música, Fundação Calouste Gulbenkian · Portugal
O já longo percurso iniciado por Filipe Faria e Sérgio Peixoto quando da criação do Sete Lágrimas deixa uma marca indelével no meio musical português. Por um lado, enquanto agrupamento musical, sustenta nas suas apresentações um diálogo tão fundamentado como criativo entre diversos tempos, geografias, culturas e gentes; por outro, constituiu inspiração para novas possibilidades no fazer e escutar a música, pensando-as fora das mais comuns convenções.
(…) dois músicos apenas souberam transformar magistralmente, com as suas vozes e uma mão-cheia de instrumentos, o antigo em moderno e o histórico em contemporâneo.
Óscar Arroyo Terrón · Director, Abvlensis International Music Festival (Ávila) · Espanha
Tivemos a oportunidade de convidar os Sete Lágrimas para participarem na nossa primeira edição do Festival com um concerto intitulado La supervivencia de una era [A sobrevivência de uma era] cujo objectivo consistia em ligar a música de Tomás Luis de Victoria [1548-1611] – a quem está dedicado – à dos seus contemporâneos, usando estilos vocais e instrumentais modernos. Foi um enorme êxito. Anos depois, grande parte do nosso público recorda ainda esse grande concerto, no qual dois músicos apenas souberam transformar magistralmente, com as suas vozes e uma mão-cheia de instrumentos, o antigo em moderno e o histórico em contemporâneo. É este o objectivo dos verdadeiros artistas, como os Sete Lágrimas: partilhar com todos a sua paixão intemporal. Uma paixão que merece, pelo menos, mais vinte anos. Felicidades.
Um momento de privilégio para todos os que assistiram, uma interpretação majestosa do trabalho intitulado Diáspora.
Paula Mota Garcia · Directora Geral e de Programação, Teatro Viriato (2019) · Portugal
Uma honra para o Teatro Viriato apresentar nos seus 20 anos de actividade o concerto dos Sete Lágrimas. Um momento de privilégio para todos os que assistiram, uma interpretação majestosa do trabalho intitulado Diáspora. Um concerto de excelência no diálogo da música antiga com a contemporaneidade. Longa vida aos Sete Lágrimas!
Essa intensidade poética foi-me sempre directa ao coração.
Paula Moura Pinheiro · Jornalista e Autora, RTP · Portugal
Tenho sempre a sensação de que começámos ao mesmo tempo. Claro que não é verdade. O Filipe Faria e o Sérgio Peixoto criaram o Sete Lágrimas em 1999 e eu só me detive concentradamente neste projecto a partir de 2006, quando estava a arrancar com o Câmara Clara. Como se tratava de um programa de televisão que cobria e debatia a actividade cultural, era inevitável vir a cruzar-me com a música do Sete Lágrimas. A sensação de que começámos todos ao mesmo tempo tem a ver com o facto de, na altura, estarmos todos em... expansão. Em 2006, o Sete Lágrimas estava a caminho de “explodir” nos top de vendas (!) e na definitiva consagração junto dos pares e da crítica. É uma enorme alegria quando a vida é justa. Mas a verdade é que se quero aqui juntar-me à celebração dos vinte anos de vida do Sete Lágrimas não é pela sua excepcional qualidade técnica, pelo rigor histórico e científico do que nos servem, pelos riscos maravilhosos que correm nas misturas improváveis que promovem, não é, sequer, pela incrível resiliência, num país ainda tão pouco – digamos assim... – musical. O que aqui venho fazer é agradecer a Filipe Faria e a Sérgio Peixoto a intensidade poética do Sete Lágrimas. Essa intensidade poética foi-me sempre directa ao coração. E essa é uma dívida que tenho para com estes músicos, para com estes criadores e para com todos os que eles têm convocado a imergir no seu Espírito.
(…) uma das experiências musicais mais encantadoras da história do nosso festival.
Peter Pontvik · Director Artístico, Stockholm Early Music Festival · Suécia
Considero que o programa Diáspora, apresentado pelos Sete Lágrimas em Estocolmo, foi uma das experiências musicais mais encantadoras da história do nosso festival. O perfeito fluir das vozes e o seu encontro orgânico com os instrumentos convidaram a audiência a deixar-se levar numa fantástica viagem pelo amplo e surpreendente mundo da música antiga. Foi vivamente apreciado. Os meus parabéns!
(…) músicos imensamente talentosos com calor humano e a capacidade de partilharem o seu talento.
Wouter Van Looy · Director, ZONZO Compagnie · Bélgica
Em Diáspora, de Filipe Faria e Sérgio Peixoto, descobri um projecto com as qualidades que o festival BIG BANG procurava: músicos imensamente talentosos com calor humano e a capacidade de partilharem o seu talento. O projecto apresentou um repertório alargado da música tradicional local de diversos países, incluindo fusõs (intercâmbios) com música de Portugal. A qualidade do projecto foi tal que pudemos apresentar este património musical na Bélgica, na França e na Noruega, entre outros países.
(…) criam projectos especiais, orientando-os com delicadeza e bom gosto.
Zsuzsi Tóth · Soprano · Hungria
Contactei pela primeira vez com os Sete Lágrimas quando o conjunto me convidou para participar na gravação do seu CD Silêncio. Nessa colaboração, tive o prazer de conhecer alguns músicos maravilhosos e dois indivíduos com múltiplos talentos que não só cantam como criam projectos especiais, orientando-os com delicadeza e bom gosto. Graças a eles conheci Portugal e, quanto mais com eles colaboro, mais amor sinto pelo país e pelas suas gentes.
(…) a great opportunity for the French public (…)
Alice Orange · Director, Festival de Sablé (2012) · France
The Diaspora concert held at the Sablé Festival in August 2012 was a great opportunity for the French public to discover a repertoire dedicated to an essential aspect of Portuguese musical culture rarely performed in France. While respecting its sources, Sete Lágrimas performs these pieces (vilancicos) with imagination and creativity in an approach which guarantees the relevance of early music today and for the future.
(…) regardless of the music and when it was written, convey our identity through music like few others are able to do.
André Cunha Leal · Artistic Director, Festival Dias da Música em Belém/Belém Cultural Center (CCB) · Author, Antena 2 - Rádio Clássica [National Classical Radio] · Artistic Director, Alcobaça Festival · Portugal
I remember the first time I heard Sete Lágrimas perfectly. It was on Antena 2, with their album Diaspora.pt. It was like love at first sight. For me, the question of musical identity was always essential. As the son of a Cape Verdean mother, I grew up listening to morna and coladeira, as well as samba, bossa nova and our very own fado, but I was always a great lover of erudite music and opera too. Perhaps that’s why I felt the need to find music with that lusophone identity that is so dear to me and deeply rooted within me. When I heard the album Diaspora.pt for the first time, it was as if I’d found the perfect solution to my need to express a musical identity based on the canons of the great history of music but with decidedly lusophone roots. From that moment on, I became a huge fan of Sete Lágrimas – not only of their work with a diasporic musical identity, but also of projects such as Kleine Musik, which perfectly bridges the ages and eras with music by Heinrich Schütz and Ivan Moody, and Missa Mínima with music by Filipe Faria and Sérgio Peixoto, the brains behind this project, who, regardless of the music and when it was written, convey our identity through music like few others are able to do.
(…) it is no surprise that, 10 years further on, Sete Lágrimas has firmly established itself internationally as one of the foremost ensembles of its kind.
Andrew Smith · Composer · England
I first encountered Sete Lágrimas 10 years ago when I was asked to contribute a work to their Silêncio disc in 2009. I was immediately impressed by the quality of their work – from the smooth, beautiful voices of Filipe and Sérgio to the gorgeous design and packaging of their CDs and promotional materials. Their project is a labour of love, uncompromising in its high standards. And it is no surprise that, 10 years further on, Sete Lágrimas has firmly established itself internationally as one of the foremost ensembles of its kind. I am very proud to have an association with Sete Lágrimas, and I congratulate them on 20 years of wonderful music-making, wishing them all the very best for the future.
What started out as an artistic project based on a rigorous interpretation of music scores and quality performances expanded over the years to become an ambitious, profoundly original programme of intervention.
António Mega Ferreira · Executive Director, AMEC Metropolitana · Portugal
I began to discover the work of the Sete Lágrimas consort in 2007, shortly after I took up my position as director of the Centro Cultural de Belém. (...) [The] studied simplicity and admirable rigour [on the Lachrimae #1 album] of the reworkings of music that is usually far-removed from us impressed me with the strength of a revelation. The performances by the singers and musicians in the ensemble revealed such great familiarity with the chosen repertoire that it was as if they were restoring the composers and music that had been archived in our memories for good in all their original freshness. The opening act (in album form) was followed in 2008 by the magnificent Kleine Musik, dedicated entirely to the music of Heinrich Schütz. Impelled by the initiative and voices of Filipe Faria and Sérgio Peixoto, Sete Lágrimas regularly featured on the CCB’s concert programme in the following years and was appointed Associate Ensemble for the 2011/12 season. They continue to work closely with the performing arts centre. What started out as an artistic project based on a rigorous interpretation of music scores and quality performances expanded over the years to become an ambitious, profoundly original programme of intervention. Sete Lágrimas developed its initial idea with performances of early and contemporary music, commissioning works from living composers (Ivan Moody, João Madureira, Andrew Smith) that lent themselves to the programme and instrumentation of early music, and eventually extended its sphere of activity to traditional forms of popular music from Lisbon to Macau, Brazil to East Timor, with a kaleidoscopic repository of genres and songs embodied by the three albums in the Diáspora project, released between 2008 and 2012. From Sete Lágrimas’ extensive discography, I’d like to highlight En tus brazos una noche from 2012, which is a comprehensive collection of the surviving romances and songs by the 17th century Portuguese composer Manuel Machado, and Vento from 2010, which features the remarkable Pentecost Mass by João Madureira. The two albums document the two main vectors present in the prolific musical activity engaged in by Sete Lágrimas, who are now celebrating their 20th anniversary and continue to branch out into new discographic projects, sound installations and musical events, making the consort quite unique on the Portuguese art and music scene.
(…) the five musicians in Sete Lágrimas have proven to be outstanding men of the theatre.
Benjamin Prins · Stage Director and Playwriter · France
I wanted to write this account in an attempt to understand how our artistic venture with Sete Lágrimas rounded off the artistic career that I embarked upon in 2005, first as an assistant, then as a stage director, and later as a playwright.
This thought came to me during one of the performances by Les Explorateurs [The Explorers] at the Philharmonie Luxembourg in October 2018: as the artists bowed, I was surprised to see the audience enthusiastically applaud the role of the fish, the hero’s best friend. The role was played by a vulgar chunk of orange plastic.
How did the musicians from the Sete Lágrimas ensemble become true men and women of the theatre during this period of intensive creation, to the extent that they were able to convince the audience of such an unlikely fable?
Music dramaturgy: otherness or the power of catharsis. The architecture of the show is above all acoustic and musical. The repertoire drawn from the albums Diaspora, Península and Terra provides a skeleton upon which to hang an original story. (...) The carte blanche that Sérgio and Filipe gave me turned out to be a treasure map. The power of a show lies in the troupe’s scenic involvement: the five musicians in Sete Lágrimas have proven to be outstanding men of the theatre.
Actors, sound designers, musicians, dancers, ventriloquists, stagehands and lighting operators, they also did their own make-up, took care of their costumes as if they were a second skin and prepared their accessories just as carefully as they did their period instruments. The extent of their commitment is apparent in the quality of the show. That "extra degree" sent the temperature up from 99 to 100 degrees, making the difference between a good show and an excellent one. Just as water transforms into steam at a very specific temperature, we can say that catharsis takes place in theatre when there is complete emotional investment. Like a tragic choir.
This memorable concert perfectly reflected the paths of communication and cultural exchange between Europe and the rest of the world (…)
Carlos Monjardino · Chairman of the Board of Directors, Fundação Oriente · Portugal
In March 2018, Fundação Oriente celebrated its 30th anniversary and we could think of no better way to mark the occasion than a presentation at the Museu do Oriente of the excellent research into popular and erudite music from the five continents carried out by the Sete Lágrimas consort. This memorable concert perfectly reflected the paths of communication and cultural exchange between Europe and the rest of the world and echoed the foundation’s work over the last 30 years.
We would like to congratulate the Sete Lágrimas consort on its 20th anniversary and its valuable repertoire, which highlights key milestones in Portuguese music. We hope to continue working to promote the group’s work in future.
(…) an open-minded dialogue between diverse aesthetic universes (…)
Cristina Fernandes · Musicologist, Universidade Nova de Lisboa · Classical Music Critic, Público · Portugal
The group Sete Lágrimas has built a remarkable career on the Portuguese music scene over the last 20 years by creatively appropriating repertoires from early music, contemporary music and the oral tradition. Intervention by the group’s musicians in the form of arrangements, improvisations and unexpected interpretations of music from different historical, geographical and cultural contexts has given rise to an open-minded dialogue between diverse aesthetic universes and attracted a healthy mix of audiences.
Their performance (…) swept the audience off its feet. The reviews were full of praise for the musicians’ wonderful energy and spontaneous musicality.
Daniela Theinová · Festival Manager, Letní Slavnosti Staré Hudby [Summer Festivities of Early Music, Prague] (2014) · Czech Republic
The first appearance of Sete Lágrimas in the Czech Republic in 2014 was one of the highlights of the 15th Summer Festivities of Early Music in Prague. Their performance of a programme entitled Tururu farara, featuring a wide-ranging repertoire from the 15th to the 18th century, swept the audience off its feet. The reviews were full of praise for the musicians’ wonderful energy and spontaneous musicality. One example: "The Portuguese ensemble Sete Lágrimas astounded the enthusiastic audience, who gathered in great numbers at the Troja Chateau. They amazed us with fiery dance tunes originating from Portuguese spheres of influence in South America and Africa." (Vladimir Riha, Novinky.cz). On behalf of the organiser, I can confirm that four years later, the public still cherishes the memory of this remarkable musical event. We shall be delighted to invite Sete Lágrimas back to Prague.
I like Sete Lágrimas, their sound, their performances, the truth that their music radiates.
Eduardo Ferro Rodrigues · President of the Assembly of the Republic · Portugal
I like Sete Lágrimas, their sound, their performances, the truth that their music radiates. I like listening to Sete Lágrimas as I relax on the sofa, but I mostly like to see and hear them live, as I did recently as part of their Diáspora project. I’m pleased that they invited me to say these brief introductory words, not only as President of the Assembly of the Republic but also as a lover of good music and long-
-standing friend of Filipe Faria. I would like to congratulate Sete Lágrimas and wish them all the best for the continuation of their long, stellar career, both at home and abroad.
To start with, their joy at sharing music; the subtlety of their performances; their repertoire, which I am always fascinated to discover for the first time; their unparalleled professionalism; their unerring good taste.
Francisco Sassetti · Senior Manager Artistic Planning, Philharmonie Luxembourg · Luxembourg
I first heard of Sete Lágrimas when I was working at the Centro Cultural de Belém (or was it before that?). First of all, through the superb discographic editions that I discovered, before experiencing them live shortly after. I was lucky enough to be able to contribute to the ensemble’s residency at the CCB during the 2011/12 season and to attend three wonderful concerts. That great pleasure was repeated every time I saw and heard the group live, most recently at the Philharmonie Luxembourg. I could mention so many things I like about Sete Lágrimas, because there are a lot! To start with, their joy at sharing music; the subtlety of their performances; their repertoire, which I am always fascinated to discover for the first time; their unparalleled professionalism; their unerring good taste. And, because it’s important to celebrate the big little things too, the terrific friendliness, humbleness and generosity of Filipe, Sérgio and all the other members of the group. Congratulations on your 20th anniversary and long may your work continue!
The ovation at the end was more than deserved.
Frank Pauwels · Head Artistic Planning, Muziekcentrum De Bijloke Gent (2017) · Belgium
The Diaspora programme provided us with a magnificent overview of a varied repertoire of traditional local music from different countries and their fusion (exchanges) with the Portuguese motherland. A full house witnessed a very balanced ensemble, with two male voices in sparkling harmony with the instruments. Each in their own way, the individual musicians and singers displayed the highest level of skill and creative artistic talent. The ovation at the end was more than deserved. It was a moving adventure for the audience and the organiser alike.
The world needs these intense, vivid, delicate vibrations: they reverberate.
Isaline Claeys · Artistic Director, Gent Festival van Vlaanderen/OdeGand Programme (2012) · Belgium
Beyond music lies the heart. If they can be counted and tuned, they open up to others. The world needs these intense, vivid, delicate vibrations: they reverberate. Thank you for being a vector and transporting us to them.
For a composer to enjoy such a closeness and intensity of collaboration with performers,(…) is a rare privilege.
Ivan Moody · Composer · England
It has been a singular pleasure to work with Sete Lágrimas over the years. For a composer to enjoy such a closeness and intensity of collaboration with performers, a reciprocal process that shaped both music and performances, as was the case with the Kleine Musik and Silêncio projects, is a rare privilege. I look forward with keen expectation to the next twenty years.
(…) since then, several of the songs from the concert (…) have become a regular part of my life.
Javier Marín-López · Musicologist, Universidade de Jaén · Director, Festival de Música Antigua de Úbeda y Baeza · Spain
Sete Lágrimas performed at the Úbeda and Baeza Early Music Festival in 2010, when we devoted the whole edition to music from Portugal and processes of globalisation. There is no doubt that the concert by Sete Lágrimas is one of the most vivid in my memory from that edition; since then, several of the songs from the concert, compiled on the album Diaspora.pt, have become a regular part of my life. Congratulations on your anniversary.
What fascinates me most (…) is Sete Lágrimas’ ability to bring music from other ages into the present day, as if they had been composed today, live, in real time.
João Almeida · Director, Antena 2 - Rádio Clássica [National Classical Radio] · Portugal
Congratulations, Sete Lágrimas! In many circumstances, time may be viewed as evidence of a project’s validity. How could it survive so persistently and consistently if it were not of high quality? In the case of the ensemble Sete Lágrimas, however, their longevity over the last 20 years is insufficient in justifying their significance. Nor are their excellent performances sufficient alone, with numerous concerts performed not only in Portugal but around the world, invariably lauded by critics, always receiving standing ovations. Nor even is the unique repertoire that they have unveiled to us, containing musical gems both big and small that almost make us feel guilty for failing to notice them sooner. What fascinates me most, besides what I have already mentioned, is Sete Lágrimas’ ability to bring music from other ages into the present day, as if they had been composed today, live, in real time; it is the ability to play early music as if it were from the present day and contemporary music as if it were ancient; the ability to delight us with popular music as if it were erudite and vice versa. And it is the fact that all of this is seasoned with cheeriness, enthusiasm and "good vibes" that makes it almost seem easy; the days, months and years of research, study and meticulous rehearsal of each song, each concert, each album are barely apparent. They never repeat previous work, there’s always added value to be found! As these last 20 years draw to an end, we, listeners and admirers, continue to ponder: what surprises do Sete Lágrimas have up their sleeve for us in their next album or concert? I’d like to conclude with a thank you as big as the greatest dreams and I hope that the magic continues eternally and that Sete Lágrimas rightfully endures over time as what I consider to be one of the most stimulating, creative and unique musical experiments that Portugal has seen in recent decades.
The work of Sete Lágrimas is a consistently relevant dialogue (…)
João Madureira · Compositor · Portugal
Salve Sete Lágrimas! As a composer, I experienced the significance of working with a group like Sete Lágrimas first-hand. The ensemble is constantly reinventing its repertoire around the two core vocalists and an absolutely exceptional group of musicians and instrumentalists, traversing the centuries and long distances. The work of Sete Lágrimas is a consistently relevant dialogue with a vast repertoire from the standpoint of a place that, far from being at the corner of Europe, opens up the continent to the world. Salve Sete Lágrimas!
Technical quality and sensitivity are their way of life, their personality, the air that they breathe.
Jorge Matta · Musician · Musicologist · Conductor, Gulbenkian Choir/ Calouste Gulbenkian Foundation · Portugal
Sete Lágrimas is no ordinary group of singers and instrumentalists. Sete Lágrimas makes music that flows forth from itself, filled with originality and good taste. Their shows offer new visions of a carefully selected repertoire, merging different eras coherently and intelligently without prejudice. Technical quality and sensitivity are their way of life, their personality, the air that they breathe. Congratulations, Sete Lágrimas.
(…) a project that is constantly being renewed and reinvented.
Luís Tinoco · Composer · Portugal
Time passes, even flies by sometimes, and I’m rather taken aback to find that it’s already been two decades since the duo formed by Filipe Faria and Sérgio Peixoto landed on the scene with a new, innovative musical proposition with a unique scope. Fortunately, the Sete Lágrimas project continues to flow steadily, looking long and attentively over music from past to present, from East to West, with an unwavering sense of adventure and inspiring multidisciplinarity. Working regularly with excellent musicians from a diverse range of origins, from popular music from the oral tradition to music from the written tradition, this is a project that is constantly being renewed and reinvented. I’m sure it will continue to enrich our lives and surprise us for many more years to come!
This sweeping musical venture takes us on a journey of inventiveness and research; a creative adventure in which old meets new.
Madalena Wallenstein · Programmer and Coordinator, Fábrica das Artes/Belém Cultural Center (CCB) · Portugal
This sweeping musical venture takes us on a journey of inventiveness and research; a creative adventure in which old meets new. Such openness, freedom and musical beauty permeate the long-standing encounter between the work of Sete Lágrimas, their musicians and their projects with the Fábrica das Artes programme at the CCB.
Early Music that speaks to our times; traditional contemporary music; dialogue between all forms of music, all communities; the joy of the musicians as they make and share their art; aesthetic refinement as an ongoing challenge. (…) I have to confess, I’ve been a fan of these Tears [Lágrimas] since they started out...
Manuel Pedro Ferreira · Musicologist, Universidade Nova de Lisboa · Classical Music Critic · Portugal
Sete Lágrimas: seven ideas that converge, awakening emotions: the delicate beauty of merging sounds; voices conveying feelings; Early Music that speaks to our times; traditional contemporary music; dialogue between all forms of music, all communities; the joy of the musicians as they make and share their art; aesthetic refinement as an ongoing challenge. Sete Lágrimas is synonymous not with music but with musical gems; not with repertoires but with experiences; not with vain excitement but with kaleidoscopic contemplation. I have to confess, I’ve been a fan of these Tears [Lágrimas] since they started out...
The beauty of their concerts, their sensitivity in handling musical heritage, the modernity present in their understanding of tradition, free from archaeological misrepresentation, and their mix of evocation, irony and good taste (…)
María Bolaños · Director, Museo Nacional de Escultura - SAN GREGORIO · Spain
Sete Lágrimas has worked with the Museo Nacional de Escultura on several important events. The group has always been enthusiastically received by the public. The beauty of their concerts, their sensitivity in handling musical heritage, the modernity present in their understanding of tradition, free from archaeological misrepresentation, and their mix of evocation, irony and good taste remain in the minds of all those who have experienced their exciting, unforgettable performances.
(…) the sheer innovation of merging European with non-European repertories presented the audience with a highly refreshing approach to early music (…)
Miguel Ángel Marín · Music Programme Director, Fundación Juan March (Madrid) · Spain
I still remember the Sete Lágrimas concert at the Fundación Juan March in Madrid very clearly: the sheer innovation of merging European with non-European repertories presented the audience with a highly refreshing approach to early music and opened up some very stimulating interpretations.
(…) an indelible mark (…) a reasoned yet creative dialogue between different times, places, cultures and people (…)
Miguel Sobral Cid · Deputy Director, Music Department, Calouste Gulbenkian Foundation · Portugal
The long journey that Filipe Faria and Sérgio Peixoto embarked upon when they created Sete Lágrimas has left an indelible mark on the Portuguese music scene. On the one hand, as a music group, their performances are characterised by a reasoned yet creative dialogue between different times, places, cultures and people; on the other, they have acted as a source of inspiration for new ways of making and listening to music, thinking beyond common convention.
(…) two musicians were able to masterfully transform the ancient into the modern, the historical into the contemporary, using only their voices and a handful of instruments.
Óscar Arroyo Terrón · Director, Abvlensis International Music Festival (Ávila) · Spain
We had the opportunity to invite Sete Lágrimas to participate in the first edition of our festival, in a concert entitled The Survival of an Era that sought to combine the music of Tomás Luis de Victoria [1548-1611] – to whom it was dedicated – and his peers with modern vocal and instrumental styles. It was a great success and even after all these years many of our audience members continue to recall the concert, in which two musicians were able to masterfully transform the ancient into the modern, the historical into the contemporary, using only their voices and a handful of instruments. That is the goal of all true artists, as Sete Lágrimas have proven themselves to be: to share their timeless passion with the world. Their passion merits at least twenty more years. Congratulations.
Witnessing the majestic performance of the Diáspora album was a privilege for all those who attended.
Paula Mota Garcia · General and Programming Director, Teatro Viriato (2019) · Portugal
It is an honour for Teatro Viriato to stage a concert by Sete Lágrimas as part of their 20th anniversary. Witnessing the majestic performance of the Diáspora album was a privilege for all those who attended. This excellent concert brought early music into dialogue with contemporary music. Long live Sete Lágrimas!
That poetic intensity has always gone straight to my heart.
Paula Moura Pinheiro · Journalist and Author, RTP [National Television Network] · Portugal
I always feel like we started out at the same time. Of course, that’s not true. Filipe Faria and Sérgio Peixoto created Sete Lágrimas in 1999 and I only began to pay close attention to the project from 2006, when I launched Câmara Clara. Câmara Clara was a TV programme that discussed and reported on cultural activity, so it was inevitable that I would come into contact with Sete Lágrimas’ music. The feeling that we all started out at the same time came from the fact that, at that time, we were all... growing. In 2006, Sete Lágrimas was about to "explode" onto the charts (!) and become enshrined among its peers and critics once and for all. It’s always hugely satisfying when life is fair. But my desire to participate in celebrating Sete Lágrimas’ 20th anniversary is not due to their exceptional technical quality, their historic and scientific rigour, the incredible risks they take with the unlikely combinations they create, nor even their impressive resilience in a country that is still so very – how can I put it? – unmusical. What I really want to thank Filipe Faria and Sérgio Peixoto for is the poetic intensity of Sete Lágrimas. That poetic intensity has always gone straight to my heart. And that’s the debt that I owe these musicians, these creators, and all those who they have called upon to plunge into their spirit.
(…) one of the most delightful musical experiences in our festival’s history.
Peter Pontvik · Artistic Director, Stockholm Early Music Festival · Sweden
I consider the Diaspora programme performed by Sete Lágrimas in Stockholm to have been one of the most delightful musical experiences in our festival’s history. The perfect flow of voices and their organic encounter with the instruments invited listeners to experience an amazing journey through the broad and surprising world of early music. It was greatly appreciated. Congratulations!
(…) hugely talented musicians with a sense of warmth and the ability to share their talent.
Wouter Van Looy · Director, ZONZO Compagnie · Belgium
In the Diaspora project by Filipe Faria and Sérgio Peixoto I discovered a project that incorporates the qualities the BIG BANG festival is looking for: hugely talented musicians with a sense of warmth and the ability to share their talent. The project presented a wide-ranging repertoire of traditional local music from a number of countries, including fusions (exchanges) with the music of Portugal. The quality of the project was such that we were able to present this musical heritage in Belgium, France and Norway, amongst others.
(…) creating special projects and guiding them with kindness and taste.
Zsuzsi Tóth · Soprano · Hungary
The first time I met Sete Lágrimas was when they invited me to perform for their recording Silêncio. During our collaboration I got to know some wonderful musicians and two multitalented guys who were doing a superb job not only at singing but also in creating special projects and guiding them with kindness and taste. Thanks to them I got to know Portugal and the more we worked together the more I fell in love with the country and its people.