NOA NOA
 

Fundado por Filipe Faria e Tiago Matias em 2012, o Ensemble de Música Antiga Noa Noa inspira-se no inovador livro-diário de Paul Gauguin, de 1901, no qual o artista descreve os tempos passados em retiro criativo na Polinésia francesa, em especial no Tahiti. Envolto em polémica, tanto Gauguin como o seu Noa Noa são ainda hoje sinónimos de liberdade criativa.

A tradição de resposta sem fronteiras ao apelo criativo é tão antiga como o Homem e volta a ter eco nas tendências recentes da moderna prática da Música Antiga com a constatação de que o músico no passado tinha uma formação multifacetada que contrasta com a super-especialização a que se chegou no século XX e XXI. A própria redescoberta dos instrumentos históricos e das suas técnicas de execução tem vindo a iluminar o passado, mas ao mesmo tempo tem servido de inspiração a compositores contemporâneos para novas obras, linguagens e estéticas.

Em 2014 Noa Noa lança o seu primeiro trabalho discográfico dedicado à memória colectiva definida pelas diversas culturas e línguas ibéricas, uma manta de sons “para além do Ebro” que resultou no português, castelhano, mirandês, galego, asturiano, basco ou catalão. Com o apoio do Ministério da Cultura, da Direcção-Geral das Artes e da Câmara Municipal de Idanha-a-Nova este projecto, intitulado “Língua”, viaja entre o que há de mais comum e mais diferente na História da cultura ibérica explorando as fronteiras geográficas, culturais e conceptuais da tradição e da ancestralidade com a contemporaneidade ou a interculturalidade. Este trabalho esteve no primeiro lugar do TOP de vendas FNAC na área da Música Clássica/Música do Mundo/Jazz durante três meses tendo sido um dos discos mais vendidos em Portugal nesse ano. A primeira edição esgotou em quatro meses.

Na mesma Temporada, Noa Noa é convidado para uma parceria artística na instalação “A Manta” de Cristina Rodrigues, peça icónica do Museu Rural para o Século XXI/21st Century Rural Museum/Idanha-a-Velha resultado da parceria com o projecto Design for Desertification DfD, Câmara Municipal de Idanha-a-Nova (CMIN), Manchester Metropolitan University, MIRIAD e Oralities Project/UE. Esta exposição esteve patente na Sé Catedral de Idanha-a-Velha, MUDE- Museu do Design e da Moda (Lisboa), Mosteiro dos Jerónimos/Museu Nacional de Arqueologia (Lisboa), Machester Cathedral (Inglaterra) e no MAM/São Paulo (Brasil).

Em 2015 Noa Noa lança o segundo volume do projecto “Língua” - “Língua, vol.2” -, em 2016 o seu terceiro CD dedicado às canções sefarditas cantadas em ladino - “De la mar” - e em 2017 o seu quarto CD - “Palavricas d’amor”- , o segundo volume deste projecto.

Em 2022, Noa Noa é convidado para o programa oficial do Early Music Day, festival internacional sob a tutela da REMA - Réseau Européen de Musique Ancienne.

Desde a sua fundação Noa Noa apresenta-se, em Portugal, em diversos Festivais, Salas e Temporadas e convida para os seus projectos músicos de diferentes mundos como Ana Bacalhau (Deolinda), José Pedro Leitão, Miguel Calhaz,  Artur Fernandes (Danças Ocultas), Cardo-Roxo, Adufeiras de Idanha-a-Nova, Joana Espadinha, João Hasselberg, etc... Em 2015 apresenta-se em digressão europeia na Flemish Opera (Ghent, Bélgica), Bozar (Bruxelas, Bélgica), DeSingel (Antuérpia, Bélgica) e Opéra de Lille (Lille, França) com o projecto original “Babel”, uma encomenda Centro Cultural de Belém/Fábrica das Artes em parceria com a Zonzo Compagnie (Bélgica). Em 2016 leva a sua música em digressão ao Japão (Hamamatsu) onde se apresenta no Main Hall do ACT CITY.

Em 2021 Noa Noa integra o projecto “If I rained an ocean” (Se chovesse um oceano) de Filipe Faria e Winnie Dias (Brasil), um projecto de video-dança, música, fotografia e performance filmado por estes realizadores na Alemanha (Berlin, Hamburg, Düsseldorf, Wuppertal), Suiça (Zürich) e Portugal (Idanha-a-Velha) com os bailarinos Futaba Ishizaki (Japão), Naomi Brito (Brasil), Rafaela Bosi (Brasil), Rafaelle Queiroz (Brasil), Fuyumi Hamashima (Japão), Isabella Heylmann (Austrália), Hayley Page (Austrália) e Borja Bermudez (Espanha). No mesmo ano, Noa Noa desenvolve o projecto “Da estrada e do tempo”, uma digressão de Norte a Sul de Portugal em 10 concertos, no eixo da icónica N2. O projecto culmina no livro de fotografia “Risco Branco Risco”, de Filipe Faria, e no documentário making-of da grande viagem de 15 dias. 

Noa Noa é apoiado pelo Ministério da Cultura, pela Direcção-Geral das Artes e pelo Município de Idanha-a-Nova - UNESCO Creatove City of Music - e é representado pela produtora e editora Arte das Musas.

Founded in 2012 by Filipe Faria and Tiago Matias, Noa Noa draws inspiration from Paul Gauguin’s 1901 book-diary “Noa Noa”, in which the artist recounts his creative retreat in French Polynesia, particularly in Tahiti. Both controversial, Gauguin and his diary remain symbols of creative freedom.

The ensemble embraces the ancient tradition of responding freely to artistic inspiration, a practice that finds new resonance in contemporary Early Music. The rediscovery of historical instruments and performance practices has not only illuminated the past but also provided fresh inspiration for modern musicians and composers.

In 2014, Noa Noa released its debut album, "Lingua, vol.1", dedicated to the collective memory of Iberian cultures and languages. The album presents a tapestry of sounds “beyond the River Ebro,” incorporating Portuguese, Castilian, Mirandese, Galician, Asturian, Basque, and Catalan traditions. Supported by the Portuguese Ministry of Culture, the Directorate-General for the Arts, and the Municipality of Idanha-a-Nova, Lingua explores the geographic, cultural, and conceptual boundaries of Iberian heritage, blending ancestral traditions with contemporary and intercultural perspectives. The album topped FNAC Portugal’s Classical/World Music/Jazz charts for three months and became one of the country’s best-selling records of 2014, with its first edition selling out in just four months.

That same year, Noa Noa collaborated on “A Manta” (The Blanket), an installation by artist Cristina Rodrigues. This project, part of the 21st Century Rural Museum in Idanha-a-Velha, emerged from a partnership between the Design for Desertification (DfD) project, the City Council of Idanha-a-Nova, Manchester Metropolitan University, MIRIAD, and the Oralities Project (UE). The installation was exhibited at the Cathedral of Idanha-a-Velha, MUDE – Museum of Design and Fashion (Lisbon), the Jerónimos Monastery/National Museum of Archaeology (Lisbon), Manchester Cathedral (UK), and MAM São Paulo (Brazil).

In 2015, Noa Noa released “Lingua, Vol. 2”, followed by “De la Mar” (2016) and “Palavricas d’Amor” (2017). The latter two albums are dedicated to Sephardic songs sung in Ladino. These works explore the music of the Jewish Diaspora of Iberian origin, focusing on the Sephardic communities expelled in the late 15th century, the forcibly converted "conversos," and their descendants who later left the Iberian Peninsula and reconnected with their Jewish heritage. The songs, performed in Ladino (Judeo-Spanish), retain elements of 16th-century Castilian, with influences from Aragonese, Portuguese, and other languages.

In 2022, Noa Noa was invited to the official programme of Early Music Day, an international festival under the umbrella of REMA – Réseau Européen de Musique Ancienne.

Since its foundation, Noa Noa has performed widely across Portugal and collaborated with artists from diverse musical backgrounds, including Ana Bacalhau (Deolinda), José Pedro Leitão, Miguel Calhaz, Artur Fernandes (Danças Ocultas), Cardo-Roxo, Adufeiras de Idanha-a-Nova, Joana Espadinha, and João Hasselberg, among others.

In 2015, the ensemble toured Europe with “Babel” an original project commissioned by Centro Cultural de Belém/Fábrica das Artes in partnership with Zonzo Compagnie (Belgium). The tour included performances at the Flemish Opera (Ghent), Bozar (Brussels), DeSingel (Antwerp), and Opéra de Lille (France). In 2016, Noa Noa toured Japan, performing at the Main Hall of ACT CITY in Hamamatsu.

In 2021, the ensemble participated in the multimedia project “Se Chovesse um Oceano”, produced by Arte das Musas in partnership with the Municipality of Idanha-a-Nova – UNESCO Creative City of Music – and supported by the Direção-Geral das Artes. This original project by Filipe Faria consists of a collection of 14 films directed by Filipe Faria and Winnie Dias. Filmed in Berlin, Hamburg, Düsseldorf, Wuppertal (Germany), Zurich (Switzerland), and Idanha-a-Velha (Portugal), the project features dancers Futaba Ishizaki (Japan), Naomi Brito (Brazil), Rafaela Bosi (Brazil), Rafaelle Queiroz (Brazil), Fuyumi Hamashima (Japan), Isabella Heymann (Australia), Borja Bermudez (Spain), Hayley Page (Australia), and Winnie Dias (Brazil), with art assistance by Branca Peixoto (Brazil), Bruna Cosfer (Brazil), and Rita Santos (Portugal). The music for the project was composed by Sete Lágrimas, Filipe Faria (Inselberg Partita, No. 2), and Noa Noa. The films were selected for the official selection and received awards at festivals in Italy, Portugal, Brazil, the USA, the UK, Greece, Israel, and Chile.

In the same year, Noa Noa developed the project "Risco Branco Risco," a tour across Portugal from North to South with 10 concerts, following the iconic N2 route. The project culminated in the photography book, by Filipe Faria, and in a making-of documentary capturing this remarkable 15-day journey.

Noa Noa is supported by the Ministry of Culture, the Directorate-General for the Arts (Portuguese Government), and the Municipality of Idanha-a-Nova – a UNESCO Creative City of Music. The ensemble is represented and published by Arte das Musas.

 

Noa Noa - Early Music Ensemble
Filipe Faria e Tiago Matias, direcção artística

Filipe Faria voz, chalumeau, tinwhistle, melódica, percussão
Tiago Matias vihuela, guitarra romântica, alaúde, guitarra barroca

+ Baltazar Molina percussão/percussion
+ Raquel Reis violoncelo barroco/baroque cello

Noa Noa - Early Music Ensemble
Filipe Faria and Tiago Matias, artistic direction

Filipe Faria voice, chalumeau, tinwhistle, melodica, percussion
Tiago Matias vihuela, romantic guitar, lute, baroque guitar, colascione

+ Baltazar Molina percussion
+ Raquel Reis baroque cello