Apesar do medo e da insegurança há coisas que persistem como pedra, como cimento, como garantia de que algo permanece para além da espuma dos dias. Este projecto procura um olhar potencial, como proposta de um caminho de descoberta (ou redescoberta) das nossas raízes, das nossas histórias mas também das nossas ambições. O que permanece é a memória que deve ser olhada como algo de perene mas que se reveste de uma enorme fragilidade se não for revisitada.
Em 2021, Filipe Faria e Tiago Matias desenham o projecto original “Da estrada e do tempo”. Este nasce de uma linha que, por um lado, une pessoas, terras, sotaques, cancioneiros, memórias... e que, por outro, promove a leitura de um país singular, fechado em fronteiras pequenas mas historicamente motivado para as ultrapassar ligando-se, de forma umbilical, aos fenómenos que encontra.
“Da estrada e do tempo” visita essas memórias e carrega, inevitavelmente, outras, as desta Península Ibérica, para cá do rio Ebro, feita de tantas culturas e línguas mas de uma história comum... Ao fazê-lo percorre uma estrada, uma estrada que atravessa mas não rasga... a icónica N2.
O projecto divide-se em 4 volumes. Em 2021, propõe a visita às 10 serras cruzadas por esta estrada: Serra do Brunheiro, Serra da Pradela, Serra do Alvão, Serra do Marão, Serra de Montemuro, Serra do Buçaco, Serra da Lousã, Serra da Melriça, Serra do Monfurado, Serra do Caldeirão. Os volumes seguintes visitarão os castelos, os rios e as capitais.
Um projecto original de
Filipe Faria e Tiago Matias
Financiamento
Ministério da Cultura
Direcção-Geral das Artes
Garantir Cultura 2021