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Quidni (Alemanha França Espanha)

Quidni

© Manuel Maio

Concerto
Concert

02.12.2023
21h30

Quidni

Alemanha França Espanha
Germany France Spain


IDANHA-A-VELHA
CATEDRAL


Pere Olivé percussão percussion
Baptiste Romain viela fiddle, gaita de foles bagpipe
Silke Gwendolyn Schulze charamela shawm, douçaine, flauta dupla double recorder, flauta de tamborileiro/tambor de cordas pipe & tabor/string drum


Building Bridges

Da música medieval à música tradicional
From Medieval to Traditional Music

La sexte estampie Real, França France, Manuscrit du Roi (finais do sec.XIII / late 13th c.)
Volez oïr la muse Muset?, França France, Colin Muset (fl ca. 1200-1250)
Ce fut en mai, França France, Moniot d’Arras (fl. 1213-1239)
Nota Lotharingica, Suiça Switzerland, Baptiste Romain (*1984)
De Santa Maria sinal qual xe quer (Cantiga 123), Galicia/Portugal, ? Alfonso el Sabio (1221-1284)
Gaita des corsaris, tradicional de traditional from Ibiza
Tocs de Morella, tradicional de traditional from Morella (Valencia/Espanha Spain)
En mai, quant li rossignolez, França France, Colin Muset (fl ca. 1200-1250)
[no title], Manuscript Harley 978, (2ªmetade do séc.XIII / 2nd half of 13th c.)
La septime estampie Real, França France, Manuscrit du Roi (finais do séc.XIII / late 13th c.)
Quan la pastora, traditional from Occitania/França France
Nau Gojatas a Castelnau, traditional from Occitania/França France
Tanto son da groriosa (Cantiga 48), Galicia/Portugal, ? Alfonso el Sabio (1221-1284)
Bolero de Santa Maria, traditional from Mallorca/Espanha Spain
Petit riens, Itália Italy, Giovanni Ambrosio (ca. 1420-depois de after 1484)

Todos os arranjos por All arrangements by: Quidni


Biografias
Quidni
, uma expressão latina que significa “Por que não?”, é o nome do projecto dirigido por Silke Gwendolyn Schulze. No espírito do seu nome, este conjunto move-se de forma livre e curiosa e com um exigente sentido de estilo ao longo de 600 anos de música antiga desde o repertório medieval dos menestréis ao repertório da música de câmara renascentista e barroca dos séculos XVII e XVIII.
Para o programa Building Bridges [Construindo Pontes], Silke junta-se a dois amigos: Baptiste Romain, um instrumentalista francês dedicado à viela e à gaita-de-foles, e o percussionista catalão Pere Olivé, de Barcelona. Juntos, exploram a riqueza e variedade de instrumentos e sons medievais, combinados com a frescura da música tradicional contemporânea. Os três músicos combinam estes dois estilos de música separados por muitos séculos de tal forma que, às vezes, se torna impossível distingui-los – saber qual é qual torna-se, inclusivamente, uma questão irrelevante.

Começando por estudar o violino e respectivo repertório em França, Baptiste Romain decidiu especializar-se na música da Idade Média e do Renascimento. Após formar-se no Centre de Musique Médiévale de Paris, onde estudou com Marco Horvat, entre outros, prosseguiu os seus estudos na Schola Cantorum de Basileia, tendo como professores Randall Cook, Dominique Vellard e Crawford Young. Em Basileia, adquiriu as técnicas de interpretação dos vários instrumentos de cordas da Idade Média e do violino renascentista, obtendo o seu diploma de solista em 2008. Estudou também repertório e interpretação em ensemble, juntamente com Pierre Hamon, no Conservatoire National Supérieur de Lyon. Baptiste Romain continua a investigar novas ideias para a interpretação histórica da música antiga, particularmente em termos de improvisação, acompanhamento vocal e as primeiras obras do repertório instrumental. Apresenta-se regularmente com Le Miroir de Musique, o seu próprio ensemble, bem como com outros grupos, como o Ensemble Gilles Binchois (Dominique Vellard), per-sonat (Sabine Lutzenberger), Leones (Marc Lewon), Tetraktys (Kees Boeke), Peregrina (Agnieszka Budzinska-Bennett) e Douce Mémoire (Denis Raisin Dadre). Após ensinar história da música medieval, análise e contraponto na Universidade de Besançon, bem como em inúmeros cursos e master classes, foi nomeado professor de instrumentos de cordas friccionadas da Idade Média e do Renascimento na Schola Cantorum de Basileia, sucedendo em 2017 a Randall Cook e Sterling Jones.

Pere Olivé é um percussionista que une a frescura da tradição da música oral do seu país e o academicismo da percussão clássica. É formado em percussão histórica e música tradicional catalã pela ESMUC, onde estudou com Pedro Estevan. Recebeu igualmente formação de outros professores de todo o mundo, como Andrea Piccioni, Michael Metzler, Mauricio Molina, Scott Robinson, Yshai Afterman, David Kuckermann e Glen Velez.
Pere ensina instrumentos de percussão em várias escolas da Catalunha e é intérprete profissional. É membro de diversos grupos, incluindo Ensemble Trença, So Nat Grallers de Tarragona, Allegoria Ensemble, Deriva Errant, Vespres d’Arnadí e Alegransa. Colaborou com ensembles como Al Ayre Español, Freiburger Barock Consort, Les Sacqueboutiers, Hespérion XXI e Le Concert des Nations. Gravou cerca de vinte álbuns, abrangendo desde a música tradicional e a música antiga até à música contemporânea.

Silke Gwendolyn Schulze cresceu numa pequena cidade alemã, na região franco-alemã da Suíça. Estudou flauta de bisel, charamela, baixão e flauta e tamboril nas universidades de Bremen, Bruxelas, Basileia e Lyon. Deu concertos na Alemanha, Suécia, Áustria, França, Polónia, Irlanda, Bélgica, Suíça, Itália, Espanha, Colômbia, Chile, Países Baixos, Japão e Chipre, com ensembles como Weserrenaissance Bremen, La Compagnie Renaidanse, a European Union Baroque Orchestra (EUBO), Cantar Lontano, La Grande Chapelle, Capella de Ministrers, Ensemble Leones, La Chimera, La Morra, bem como os seus próprios grupos: Quidni, Vuenv e Mandragora. Além da sua paixão pelos instrumentos de palheta dupla da alta cappella renascentista, Silke tem um grande interesse por instrumentos de sopro medievais mais “exóticos”, como a flauta dupla ou a flauta e tamboril, e pela reconstrução de um possível repertório para estes instrumentos. Em 2017, foi lançado The Medieval Piper, o seu álbum a solo que ilustra os instrumentos versáteis e o repertório rico e variado de um flautista medieval. Quando Silke não está a tocar um de seus muitos instrumentos, gosta de expandir a sua colecção de iconografia de flauta e tamboril, ensinar flauta de bisel e alta capella a músicos entusiastas com idades entre os 5 e os 85 anos, e praticar a arte marcial japonesa aiquidô.


Biographies
Quidni, a Latin phrase meaning “Why not?”, is the name for projects directed by Silke Gwendolyn Schulze. In the spirit of its name, this ensemble moves in a free and curious way and with a precise sense of style over 600 years of Early Music: from the medieval repertoire of the minstrels to repertoire of the renaissance and baroque chamber music of the 17th and 18th centuries.
For the programme BUILDING BRIDGES, Silke joins her two friends Baptiste Romain, a medieval fiddle and bagpipe player from France, and the Catalan percussionist Pere Olivé from Barcelona. Together they explore the richness and variety of medieval instruments and sounds, combined with the freshness of contemporary traditional music. The three musicians combine these two styles of music, separated by many centuries, in a way that sometimes makes it impossible to tell them apart – even to the point where the question “which is which?” becomes unimportant. 

After his initial studies of the violin and its repertoire in France, Baptiste Romain chose to specialise in the music of the Middle Ages and the Renaissance. After training at the Centre de Musique Médiévale in Paris, with Marco Horvat, among others, he continued his studies at the Schola Cantorum in Basel with Randall Cook, Dominique Vellard, and Crawford Young. Whilst in Basel he mastered the playing techniques of the various stringed instruments of the Middle Ages and of the Renaissance violin, gaining his soloist’s diploma in 2008. He also studied ensemble playing and repertoire concurrently with Pierre Hamon at the Conservatoire National Supérieur de Lyon. Baptiste Romain continues to carry out research into new ideas for historical performance in relation to early music, particularly in terms of improvisation, vocal accompaniment, and the earliest works of the instrumental repertoire. He regularly performs with Le Miroir de Musique, his own ensemble, as well as with other groups such as the Ensemble Gilles Binchois (Dominique Vellard), per-sonat (Sabine Lutzenberger), Leones (Marc Lewon), Tetraktys (Kees Boeke), Peregrina, (Agnieszka Budzinska-Bennett), and Douce Mémoire (Denis Raisin Dadre). After teaching medieval music history, analysis, and counterpoint at the University of Besançon, and in numerous courses and master classes, he was appointed professor of bowed stringed instruments of the Middle Ages and of the Renaissance at the Schola Cantorum of Basel in 2017, the successor to Randall Cook and Sterling Jones.

Pere Olivé is a percussionist who collects the freshness of the oral musical tradition of his country and the academicism of classical percussion. He holds a degree in historical percussion and Catalan traditional music by ESMUC, where he studied with Pedro Estevan. He has also received instruction from other teachers from around the world, such as Andrea Piccioni, Michael Metzler, Mauricio Molina, Scott Robinson, Yshai Afterman, David Kuckermann, and Glen Velez.
Pere teaches percussion instruments at various schools in Catalonia and performs professionally. He is part of various groups, including Ensemble Trença, So Nat grallers de Tarragona, Allegoria Ensemble, Deriva Errant,  Vespres d’Arnadí, and Alegransa. He has collaborated with ensembles such as Al Ayre español, Freiburger Barock Consort, les Sacqueboutiers, Hespérion XXI, and Le Concert des Nations. He has recorded around twenty CDs, ranging from traditional music and early music to contemporary music. 

Silke Gwendolyn Schulze grew up in a little German town in the Swiss French-German region. She studied recorder, shawm, dulcian, pipe and tabor at the universities of Bremen, Brussels, Basle, and Lyon. She has given concerts in Germany, Sweden, Austria, France, Poland, Ireland, Belgium, Switzerland, Italy, Spain, Columbia, Chile, The Netherlands, Japan, and Cyprus with ensembles such as Weserrenaissance Bremen, la Compagnie Renaidanse, the European Union Baroque Orchestra (EUBO), Cantar Lontano, La Grande Chapelle, Capella de Ministrers, Ensemble Leones, La Chimera, La Morra, and her own groups Quidni, Vuenv, and Mandragora. Apart from her passion for the double reed instruments of the Renaissance, Alta Capella Silke is very interested in more “exotic” medieval wind instruments such as the double recorder or the pipe and tabor, and in reconstructing a possible repertoire for these instruments. In 2017 her solo recording “The Medieval Piper” was released, illustrating the versatile instruments and rich and manifold repertoire of a mediaeval piper. When Silke is not playing one of her many instruments, she enjoys expanding her collection of pipe and tabor iconography, teaching recorder and Alta Capella to enthusiastic players aged between 5 and 85, and practising the Japanese martial art Aikido.


Notas ao programa
Da Idade Média ao presente e de volta! Viajar 800 anos num único concerto não é uma contradição para os três músicos do conjunto Quidni, sempre atentos àquilo que há em comum entre o período medieval e a música tradicional. Seguindo o espírito do nome do ensemble (palavra latina significando “Por que não?”), o grupo move-se de forma livre e curiosa para construir pontes entre estes dois estilos. Descobrem motivos melódicos semelhantes e harmonias comparáveis imersas nos mesmos modos e com ritmos semelhantes. Os três músicos tocam uma multitude de diferentes instrumentos de percussão, sopro e cordas, alguns dos quais desaparecidos após a Idade Média e sobrevivendo apenas na música tradicional, ou para os quais as reconstruções foram inspiradas por instrumentos tradicionais. Em conjunto, o ensemble realizou novos arranjos para os seus inúmeros instrumentos raros e contagiam-se mutuamente com o seu entusiasmo pela improvisação e experimentação.

Programme notes
From the Middle Ages to the present and back! Travelling 800 years in one concert is no contradiction for the three musicians of the ensemble Quidni, who are attentive to the things held in common between these two poles of the Medieval period and traditional music. Following the spirit of the ensemble’s name (Latin for “why not?”), the group moves in a free and curious way to build bridges between these two styles. They discover similar melodic motifs and comparable harmonies immersed in the same modes and with similar rhythms. The three musicians play on a multitude of different percussion, wind, and string instruments, some of which disappeared after the Middle Ages and only survived in traditional music, or for which reconstructions have been inspired by traditional instruments. Together, the ensemble has come up with new arrangements for their many rare instruments and infect each other with their enthusiasm for improvisation and experimentation.

Earlier Event: December 2
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