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Concerto... Khytar 12.6

21 NOVEMBRO 2020
21h30 ONLINE

Fim-de-semana BACH FORA DE PÉ
BACH OUT OF DEPTH
Weekend

O concerto tem lugar, no dia e hora marcados, nas seguintes plataformas
The concert takes place, on the scheduled day and time, on the following platforms

Youtube Live Fora do Lugar
Facebook Live Fora do Lugar
 
Miguel Amaral

Miguel Amaral

Integrado no fim-de-semana BACH FORA DE PÉ

KHYTAR 16.2 (Portugal)

Miguel Amaral, guitarra portuguesa
Pedro Rodrigues, guitarra clássica

Guitarras Bem Temperadas
The Well-Tempered Guitars

“É cruel, sabe, que a música possa ser tão bela. Tem a beleza da solidão e da dor: da força e da liberdade. A beleza do desapontamento e do amor sempre insatisfeito. A beleza cruel da natureza, e a beleza perene da monotonia.” Benjamin Britten

Guitarra Portuguesa, Guitarra Clássica e Johann Sebastian Bach. Eis-nos perante o universo do recital Guitarras Bem Temperadas. Junção aparentemente distante. Fruto da nossa vontade de trazer cada vez mais música para os nossos instrumentos, mas sobretudo, fruto de uma das mais belas características da obra genial em questão: o seu carácter universal, a sua pluralidade. A humildade com que se deixa apropriar. A generosidade com que se sente em casa numa combinação instrumental tão peculiar no que toca à música em questão. 
A partir daqui há todo um mundo sonoro em descoberta. semelhanças com o cravo, com o alaúde e toda uma porta aberta para que esta música se posso ouvir, mais uma vez, como uma novidade.

‘It is cruel, you know, that music should be so beautiful. It has the beauty of loneliness of pain: of strength and freedom. The beauty of disappointment and never-satisfied love. The cruel beauty of nature and everlasting beauty of monotony.’ Benjamin Britten

Portuguese Guitar, Classical Guitar and Johann Sebastian Bach. We find ourselves in the universe of the recital ‘Guitarras Bem Temperadas’ [The Well-Tempered Guitars]. An apparently distant connection. The fruit of our desire to bring more and more music to our instruments, but above all, the fruit of one of the most beautiful characteristics of the brilliant work in question: its universal nature, its plurality. The humility with which it lends itself to adaptation. The generosity with which it feels at home in an instrumental combination so peculiar in relation to the music in question. 
There is a whole world of sound to be discovered here. Similarities with the harpsichord, with the lute, and a door wide open so that this music can be heard, once more, as a novelty.

PROGRAMA \ PROGRAMME

Johann Sebastian Bach (1685 - 1750)

1 - Aria Variata Alla Maniera Italiana - BWV 989

2 - O Cravo Bem Temperado 1º Caderno
Prelúdio nº 9 em Mi Maior - BWV 854
Prelúdio nº 10 em Mi menor - BWV 855
Prelúdio nº 20 em Lá menor - BWV 864

4 - Concerto em Ré menor Bach/Marcello - BWV 974
I - (Allegro)
II - Adagio
III - Presto

Arr. Pedro Rodrigues e Miguel Amaral

Khytar 16.2 estreia-se neste ano de 2020. A vontade de nos juntarmos tem alguns anos mas foi com o convite para participar neste festival que se concretizou. Podemos dizer que a semente é antiga mas a raiz nasceu "Fora do Lugar"!

Khytar 16.2 is making their début in 2020. We have wanted to come together for several years now, but the invitation to participate in this festival was what finally made it happen. You could say that the seed has been there for a long time but the root grew ‘Out of Place’ [i.e., Fora do Lugar, as in the name of the festival]!

BIOGRAFIAS

Pedro Rodrigues - Guitarra Clássica

"Todo o trabalho de Rodrigues com a guitarra é verdadeiramente excapcional!"
- Classical Guitar Magazine

Vencedor do Artists International Auditions (Nova Iorque), Concorso Sor (Roma), Prémio Jovens Músicos e premiado nos concursos de Salieri-Zinetti, Paris, Montélimar, Valencia, Sernancelhe entre outros, Pedro Rodrigues iniciou o seu percurso musical aos 5 anos de idade, tendo estudado com José Mesquita Lopes na Escola de Música do Orfeão de Leiria onde terminou os estudos com a classificação máxima como bolseiro da Fundação Calouste Gulbenkian. Posteriormente estuda com Alberto Ponce na École Normale de Musique de Paris onde recebe os Diplomas Superiores de Concertista em Música de Câmara e Guitarra, este último com a classificação máxima, unanimidade e felicitações do júri.
Participou em masterclasses com David Russell, Leo Brouwer, Joaquin Clerch e Darko Petrinjiak.
Sob a orientação de Paulo Vaz de Carvalho e Alberto Ponce concluiu em 2011 o Doutoramento na Universidade de Aveiro como bolseiro da Fundação para a Ciência e Tecnologia. Apresentou-se a solo em salas reconhecidas internacionalmente como o Weill Hall do Carnegie Hall de Nova Iorque, a Salle Cortot de Paris, National Concert Hall de Taipei, Ateneo de Madrid, Sala Manuel de Falla de Madrid, Endler Hall de Cape Town, India International Centre de New Delhi, Sala Raúl Juliá de San Juan, Centro Cultural de Belém, Casa da Música, o Grande Auditório da Fundação Gulbenkian e os festivais de Mikulov, Paris, Santo Tirso, Música Viva, Sernancelhe, Caruso Festival, Miguel Llobet, Forfest Kromeriz, Vital Medeiros entre outros. Estreou mais de 60 obras dos mais importantes compositores portugueses como João Pedro Oliveira, Cândido Lima, Isabel Soveral, Sara Carvalho, Sérgio Azevedo, José Luís Ferreira, António Sousa Dias, Carlos Caires entre outros. Muitas destas obras foram-lhe dedicadas.
Fez gravações para RTP, RDP, RTM, SABC, Cesky Rozhlas, WIPR e gravou discos com as editoras Numérica, Nuova Venezia, Portugaler, Slovartmusic e JNS Music e foi solista com a Orquestra Gulbenkian, Filarmonia das Beiras, Orquestra do Algarve, Orquestra de Câmara de Cascais e Oeiras entre outras. É igualmente convidado com regularidade para leccionar masterclasses em conservatórios e universidades na Europa, América do Norte e Sul, África e Ásia. As suas transcrições e edições estão editadas pela Mel Bay Publications, AVA Editions e Notação XXI. Como investigador, proferiu conferências em Inglaterra, Brasil e Portugal dedicadas às temáticas da transcrição, música contemporânea e educação. Recentemente criou e apresentou o programa “Seis Cordas Para Um País” transmitido na Antena 2. Presentemente é Investigador Integrado do INET-md e Professor Auxiliar no Departamento de Comunicação e Arte da Universidade de Aveiro.

Miguel Amaral - Guitarra Portuguesa 

Nasceu no Porto em 1982. Estudou Guitarra Portuguesa com Samuel Cabral, José Fontes Rocha e Pedro Caldeira Cabral, formação Musical com António Torres Pinto, Análise, Harmonia e Contraponto com Daniel Moreira, Composição com Di- mitris Andrikopoulos e Improvisação e estudo da linguagem do Jazz com Nuno Ferreira. Desde então, tem-se apresentado regularmente como solista em recitais em Portugal e no estrangeiro, bem como inserido em agrupamentos de música de câmara ou em programas de musica para orquestra, tendo passado por salas como Casa da Musica, Fundação Calouste Gulbenkian, Culturgest, Philharmonie du Luxembourg, Teatro Solis ( Montevideo ), Centro Cultural Kirchner ( Buenos Aires ).No ano de 2013, lança “Chuva Oblíqua”, o seu álbum de estreia a solo, inteiramente dedicado ao repertório solista que tem vindo a desenvolver. Ainda em 2013, forma com o pianista Mário Laginha e o contrabaixista Bernardo Moreira o Novo Trio de Mário Laginha, tendo gravado ainda nesse ano o disco Terra Seca. Escreve para este disco a peça “ Fuga para um dia de Sol”. Em 2015, inicia o curso de Mestrado em Composição e teoria musical,na ESMAE - Escola Superior de Música Artes e Espectáculo.Destaca-se ainda a participação na estreia mundial da obra “Folk Songs” de Mário Laginha, para Orquestra, Piano, Voz e Guitarra Portuguesa, na Philharmonie du Luxemburg, com Cristina Branco e Mário Laginha, sob a direcção de Peter Rundel, que voltou a ser tocada com a Antwerp Symphony Orchestra sob a direcção de Dirk Brossé e também com a Filharmonia de Galicia sob a direcção de Pedro Neves. Participa no recital “ Fado Barroco”, sob a direcção de Marcos Magalhães, com Ana Quintans, Ricardo Ribeiro, Marco Oliveira e a Orquestra Barroca de Helsínquia, no Helsinki Music Center. Por encomenda de Marcos Magalhães, compõe para este programa a peça Luz de Outono, para Orquestra Barroca e Guitarra Portuguesa. Em Dezembro de 2017 integra a comitiva do Governo Português na deslocação à FIL - Feira Internacional do Livro de Guadalajara, no México. Toca a solo na cerimónia de passagem de testemunho para o ano Português. Em 2019 lança o disco “ Saudade “ em duo com o músico brasileiro Yuri Reis. Dedicado ao repertório tradicional da Guitarra Portuguesa e do violão de 7 cordas.

BIOGRAPHIES

Pedro Rodrigues - Classical Guitar

‘Rodrigues’ guitar work is really outstanding throughout!’
- Classical Guitar Magazine

Winner of the Young Concert Artists International Auditions (New York), Concorso Sor (Rome) and Prémio Jovens Músicos (Portugal), Pedro Rodrigues has also been awarded prizes in the Salieri-Zinetti International Chamber Music Competition and competitions in Paris, Montélimar, Valencia and Sernancelhe, among others. He began his musical career at 5 years old, having studied with José Mesquita Lopes at the Escola de Música do Orfeão, in Leiria, where he concluded his studies with top marks as a scholarship holder of the Calouste Gulbenkian Foundation. He later studied with Alberto Ponce at the École Normale de Musique de Paris, where he received higher diplomas as a concert musician in chamber music and guitar, the latter with distinction and unanimous congratulations from the jury.
He has participated in masterclasses with David Russell, Leo Brouwer, Joaquin Clerch and Darko Petrinjiak.
In 2011, under the guidance of Paulo Vaz de Carvalho and Alberto Ponce, he completed his doctorate at the University of Aveiro with a scholarship from the Foundation for Science and Technology. He has performed as a soloist in famous venues such as the Weill Recital Hall in Carnegie Hall in New York, the Salle Cortot in Paris, Tapei National Concert Hall, the Ateneo de Madrid, the Sala Manuel de Falla in Madrid, the Endler Hall in Cape Town, the India International Centre in New Delhi, Sala Raúl Juliá in San Juan, Centro Cultural de Belém in Lisbon, Casa da Música in Porto, the Grand Auditorium of the Calouste Gulbenkian Foundation in Lisbon and the festivals of Mikulov, Paris, Santo Tirso, Música Viva, Sernancelhe, Caruso Festival, Miguel Llobet, Forfest Kromeriz and Vital Medeiros, among others. He has premièred over 60 works by some of the most important Portuguese composers, such as João Pedro Oliveira, Cândido Lima, Isabel Soveral, Sara Carvalho, Sérgio Azevedo, José Luís Ferreira, António Sousa Dias and Carlos Caires. Many of these works were dedicated to him.
He has made recordings for RTP, RDP, RTM, SABC, Cesky Rozhlas and WIPR and has recorded albums with record labels Numérica, Nuova Venezia, Portugaler, Slovartmusic and JNS Music. He has performed as a soloist for the Gulbenkian Orchestra, the Beiras Philharmonic, the Algarve Orchestra, and the Cascais and Oeiras Chamber Orchestra, among others. He is also regularly invited to teach masterclasses in conservatories and universities in Europe, North and South America, Africa and Asia. His transcriptions and editions are published by Mel Bay Publications, AVA Editions and Notação XXI. As a researcher, he has given lectures in England, Brazil and Portugal dedicated to the themes of transcription, contemporary music and education. He recently created and presented the programme ‘Seis Cordas Para Um País’ [Six Strings for a Country], broadcast on Antena 2. He is currently a researcher at INET-md and Assistant Professor in the Communication and Art Department of the University of Aveiro.

Miguel Amaral - Portuguese Guitar 

Miguel Amaral was born in Porto in 1982. He studied Portuguese guitar with Samuel Cabral, José Fontes Rocha and Pedro Caldeira Cabral; musical training with António Torres Pinto; analysis, harmony and counterpoint with Daniel Moreira; composition with Dimitris Andrikopoulos and improvisation and the language of jazz with Nuno Ferreira. Since then, he has regularly performed as a soloist in recitals in Portugal and abroad and in chamber music groups or orchestra programmes, having played at venues such as Casa da Música (Porto), the Calouste Gulbenkian Foundation (Lisbon), Culturgest (Lisbon), Philharmonie de Luxembourg, Teatro Solis (Montevideo) and Centro Cultural Kirchner (Buenos Aires). In 2013, he released ‘Chuva Oblíqua’ [Oblique Rain], his début solo album, entirely dedicated to the soloist repertoire he has come to develop. Also in 2013, he formed the Novo Trio de Mário Laginha with pianist Mário Laginha and double bass player Bernardo Moreira, recording the album ‘Terra Seca’ [Dry Land], for which he wrote the piece ‘Fuga para um dia de Sol’ [Escape to a Sunny Day]. In 2015, he began his Master’s in Musical Composition and Theory, at ESMAE – School of Music and Performing Arts. He also participated in the world début of the work ‘Folk Songs’, by Mário Laginha, for orchestra, piano, voice and Portuguese guitar, at the Philharmonie de Luxembourg, with Cristina Branco and Mário Laginha, under the direction of Peter Rundel. He played it again with the Antwerp Symphony Orchestra, under the direction of Dirk Brossé, and also with the Royal Philharmonic Orchestra of Galicia, under the direction of Pedro Neves. He participated in the recital ‘Fado Barroco’, under the direction of Marcos Magalhães, with Ana Quintans, Ricardo Ribeiro, Marco Oliveira and the Helsinki Baroque Orchestra, at the Helsinki Music Center. He was commissioned by Marcos Magalhães to compose the piece ‘Luz de Outono’ [Autumn Light], for baroque orchestra and Portuguese guitar, especially for this programme. In December 2017, he was part of the delegation of the Portuguese government at FIL – Guadalajara International Book Fair, in Mexico. He played as a soloist in the signing ceremony of Portugal as guest of honour for the year 2017. In 2019, he released the album ‘Saudade’ [Longing] with Brazilian musician Yuri Reis, dedicated to the traditional repertoire of Portuguese guitar and seven-string guitar.

NOTAS

A Aria Variata é, com exceção das partitas corais, a única obra com variações dos tempos de juventude de Bach. De características inusuais e atractivas, com especial relevo para uma expressiva harmonia, as suas variações contêm uma variedade de figuração superior àquela praticada em obras similares neste período. A palavra Aria tem o mesmo significado que tem noutras obras para tecla de compositores como Pachelbel e outros autores do século XVII: uma curta forma binária que serve como para variações, a maior parte compostas por uma figuração rápida e viva.
Em 1731, Bach publica a sua primeira série de obras para cravo sob o título “Clavierübung” (Exercícios para tecla). Este primeiro volume que conta com Seis Partitas para cravo obtém um expressivo sucesso e estimula Bach a continuar esta série de publicações (quatro no total). O segundo volume contém duas obras representativas de géneros instrumentais essenciais deste período: o Concerto e a Ouverture. Cada um deles procura representar, tal como mencionado no título, o italiänischer Gusto e a französische Art. O Concerto BWV 971 integra a fogosidade e impetuosidade associadas ao estilo italiano, bem como o ritornello consuetudinário.
Das Wohltemperierte Klavier (O Teclado Bem-temperado) é, provavelmente, a obra mais famosa de Bach para tecla. Publicada em 1722, Bach descreve assim a sua obra: “Das Wohltemperierte Klavier, ou Prelúdios e Fugas, através de todos os tons e semitons, incluindo aqueles com uma terceira maior ou Ut-Ré-Mi bem como aqueles com uma terceira menor ou Ré-Mi Fá. Para uso e lucro da juventude musical desejosa de instrução, e para o deleite daqueles já qualificados neste estudo, elaborado e escrito por Johann Sebastian Bach.” O Prelúdio em Dó# Maior sugere uma invenção a duas vozes com dois temas distintos que alternam regularmente entre as duas mãos (neste caso, entre as duas guitarras) e o seu brilho denota uma influência da escola violinística italiana. O Prelúdio em Ré Maior é de uma refrescante inspiração harmónica e inicia com uma variação de uma fórmula cadencial simples. Apesar de uma configuração de aparente singeleza, não podemos ignorar, entre outras, a alternância regular entre pontos de dissonância e as sequências modulatórias que nos transportam ao longo desta obra. O Prelúdio em Ré menor é baseado no formato de arpejo e, tal como o Prelúdio em Ré Maior, a voz superior é a voz mais activa. No entanto, o baixo que nasce como nota pedal, transforma-se gradualmente numa voz cada vez mais independente e adquire uma expressividade própria. O Prelúdio em Mi Maior é uma forma sonata concisa (ou uma larga forma ternária) cuja métrica e figuração sugere uma giga. Por seu turno, as notas pedais, tão características de prelúdios, revelam um carácter quase pastoral e gentil. É possível traçar um paralelo entre o Prelúdio em Mi menor e os Préludios em Ré Maior e menor, afinal trata-se novamente de um prelúdio arpejado, embora esta figuração esteja presente na voz inferior. Bach adiciona uma melodia, cuja ornamentação se encontra escrita, e transforma esta obra num Adagio ao estilo italiano. O Prelúdio em Fá# menor recorda, novamente, uma viva invenção a duas vozes. Rapidamente esta vivacidade muda de carácter para, sensivelmente a meio da obra, se transformar numa variação invertida que começa a ser acompanhada por breves acordes de três notas e tal denota uma forte concepção sonora. O material principal do Prelúdio em Lá menor consiste numa forma escrita de mordente e esta figura é estendida ao longo do início através de três repercussões na voz inferior. O Prelúdio em Si Maior é um dos mais curtos prelúdios de toda a colecção, mas assinalável pela sua dimensão interna, sendo composto inicialmente por três vozes seguido uma inversão desta textura na segunda parte e, finalmente, uma preparação cadencial com um alargamento a quatro vozes. O Prelúdio em Si menor recorre a uma tonalidade especialmente querida por Bach, basta pensar na Missa em Si menor ou na Sonata para Flauta BWV 1030. Esta obra é a única, em ambos os cadernos de Das Wohltemperierte Klavier, em que Bach inclui o tempo (Andante). O prelúdio é em forma binária e os seus baixos e suspensões sugerem empréstimos de Corelli
O Concerto em Ré menor BWV 974 é um arranjo do concerto para oboé atribuído a Alessando Marcello numa antologia intitulada “Concerti a cinque”, antologia esta que incluía obras de diversos compositores e que foi publicada em Amesterdão em torno a 1716. Tal como outros concertos Venezianos, é uma obra estilisticamente concisa e comedida e o seu carácter recorda mais uma sonata do que um concerto. Bach usa a sua arte para embelezamento, principalmente do segundo andamento, e como demonstração do potencial dinâmico do cravo. Miguel Amaral

NOTES

Aria Variata is, with the exception of his chorale partitas, the only work with variations from Bach’s youth. Featuring unusual and attractive characteristics, with particular emphasis on an expressive harmony, its variations contain a higher variety of figuration than that practised in similar works from this period. The word Aria has the same meaning that it has in other works for keyboard by composers such as Pachelbel and other authors from the 17th century: a short binary form used for variations, the majority composed of a rapid and lively figuration.
In 1731, Bach published his first series of works for harpsichord under the title ‘Clavierübung’ [Exercises for keyboard]. This first volume, which has six partitas for harpsichord, was very successful and encouraged Bach to continue this series of publications (four in total). The second volume contains two works that are representative of fundamental instrumental genres of this period: concerto and ouverture. Each of them seeks to represent, as mentioned in their titles, the italiänischer Gusto and französische Art. Concerto BWV 971 integrates the passion and vigour associated with the Italian style, as well as the customary ritornello.
Das Wohltemperierte Klavier [The Well-Tempered Clavier] is probably Bach’s most famous work for keyboard. Published in 1722, Bach described his work as follows: ‘The Well-Tempered Clavier, or Preludes and Fugues, through all the tones and semitones, both with the major 3rd, or Ut Re Mi, and with the minor 3rd, or Re Mi Fa, for the use and improvement of musical youth eager to learn, and for the particular delight of those already skilled in this discipline composed and presented by Johann Sebastian Bach.’ The Prelude in C major suggests an invention in two voices with two distinct themes that regularly alternate between the two hands (in this case, between the two guitars) and their brilliance denotes the influence of the Italian violin school. The Prelude in D major shows an invigorating harmonic inspiration and begins with a variation of a simple cadential formula. Despite a configuration of apparent simplicity, we cannot ignore, among other elements, the regular alternation between points of dissonance and the modulatory sequences that transport us throughout this work. The Prelude in D minor is based on the arpeggio format and, like the Prelude in D major, the higher voice is the most active.  However, the bass which begins as a pedal note gradually transforms into an increasingly independent voice and acquires an expressiveness of its own. The Prelude in E major is a concise sonata form (or a long ternary form) whose metric and figuration suggest a gigue. The pedal notes, in turn, so characteristic of preludes, reveal an almost pastoral and gentle character. It is possible to draw a parallel between the Prelude in E minor and the Preludes in D major and minor, since it consists of another arpeggiated prelude, although this figuration is present in the lower voice. Bach adds a melody, whose ornamentation is written down, and transforms this work into an adagio in the Italian style. The Prelude in F minor again recalls a lively invention in two voices. This liveliness quickly changes character, approximately halfway through the work, to transform into an inverted variation that begins to be accompanied by brief three-note chords and in this manner denotes a strong sonorous conception. The principal material of Prelude in A minor consists of a written form of mordent and this figure is extended at the beginning through three repercussions in the lower voice. The Prelude in B major is one of the shortest preludes of the whole collection, but is remarkable for its internal dimension, initially being composed of three voices, followed by an inversion of this texture in the second part and, finally, a cadential preparation with an extension in four voices. The Prelude in B minor uses a tonality that was especially dear to Bach; one need only think of Mass in B minor or Flute Sonata BWV 1030. This is the only work, in both books of Das Wohltemperierte Klavier, in which Bach includes the tempo (Andante). The prelude is in a binary form and its basses and suspensions suggest borrowing from Corelli.
The Concerto in D minor BWV 974 is a concerto arrangement for oboe attributed to Alessandro Marcello in an anthology entitled ‘Concerti a cinque’, which included works by various composers and was published in Amsterdam around 1716. Like other Venetian concertos, it is a stylistically concise and moderate work and is more similar in nature to a sonata than a concerto. Bach uses his art for embellishment, principally in the second movement, and as a demonstration of the dynamic potential of the harpsichord. Miguel Amaral

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