Casa Comum
 
 

A memória colectiva é um factor essencial no processo de identificação de um indivíduo com a comunidade à qual está física ou emocionalmente ligado e com a qual partilha uma história comum, construída através de narrativas pessoais, vividas e não vividas, onde passado, presente e futuro se confundem. Esta tem o potencial de promover o vínculo e a identidade. A memória – pessoal e colectiva – tendencialmente abstracta, construída e reconstruída pelo tempo – é também resultado da contaminação e partilha de histórias não vividas e da valorização de uma narrativa de passado ideal. A construção e reconstrução das memórias colectivas – e a sua adaptação aos interesses, colectivos, dos tempos presentes – têm o poder de apagar e desvalorizar as histórias pessoais e as narrativas vividas.

Temos, tantas vezes, dificuldade em promover uma ligação do tempo presente com o passado mais próximo, pessoal e comunitário. Mais facilmente procuramos ligações com passados longínquos, idealizados, do que com narrativas familiares. Essas são as que nos interessam.

A Casa Comum nasce daqui, da relação que estas histórias têm com o próprio território onde nasceram, com a criação de memórias que permanecem, que são alteradas pelo tempo e que, por isso, têm um potencial criativo imenso, no qual nos podemos, todos, identificar.

É uma proposta de desafios, encomenda da Arte das Musas a músicos de diferentes universos para uma nova criação a partir de um programa de Residências Artísticas a partir do território de Idanha-a-Nova – UNESCO Creative City of Music –, de cruzamento e contacto com lugares e pessoas, como combustível para a criação. No projecto final está o território e a soma destes diálogos, memórias, contactos e cruzamentos.

A partir destes contactos, destas experiências, cheiros, sons e sabores, desafiamos músicos para se deixarem ocupar pelo território. Deste encontro, nasce um novo objecto artístico a partir da soma dos lugares e das histórias pequenas, familiares – daquelas que muitas vezes passam por nós sem parar –, ou das grandes – das que definem memórias colectivas e identidades.


A Arte das Musas
apresenta
Casa Comum

Projecto de
Residência
Criação
Circulação

Rede UCCN
UNESCO Creative
Cities Network


Um projecto original de
Filipe Faria
\Arte das Musas

Com o apoio
República Portuguesa - Cultura
Direcção-Geral das Artes

Parceria
Município de Idanha-a-Nova
UNESCO Creative City of Music

Acolhimentos
Município de Idanha-a-Nova

\UNESCO City of Music
Município de Amarante
\UNESCO City of Music
Município da Covilhã
UNESCO City of Design

Apoios Locais
Biblioteca Municipal (Covilhã)

Centro Cultural Raiano (Idanha-a-Nova)
CLAIM – Centro Local de Apoio à Integração de Migrantes (Idanha-a-Nova)
Convento São Gonçalo (Amarante)
Diafragma - Festival Internacional de Fotografia e Artes Visuais (Covilhã)
Filarmónica Idanhense (Idanha-a-Nova)
Galeria António Lopes (Covilhã)
Junta de Freguesia de Proença-a-Velha (Idanha-a-Nova)
Projecto Comunitário de Oledo (Idanha-a-Nova)
Termas de Monfortinho (Idanha-a-Nova)
Universidade Sénior de Idanha-a-Nova
Universidade Sénior de Salvaterra do Extremo

Agradecimentos
Idalina Gameiro