Como dormirão meus olhos?
PROJECTO PARA TODAS AS INFÂNCIAS
ESPECTÁCULO + FORMAÇÂO
Como dormirão meus olhos... quando não querem dormir? Como... quando teimam em não dormir porque está muita luz... ou pouca..., porque quando fecham ouvem melhor... ou demais..., ou porque cada vez que dormem veem muito para além da luz e da cor dos dias e das noites? Não sei com dormirão... Filipe Faria e Pedro Castro trazem ao CCB sons novos com instrumentos antigos... Sons e palavras com memórias de há 800 (ou 500) anos atrás... Como se tivessem fechado os olhos hoje e deixado passar centenas de anos. Como se fosse hoje... Vamos tentar pôr os olhos a dormir... Porque assim estamos mais acordados...
A construção do espectáculo passa por uma ideia de sonho caótico, sobreposto e sem sentido aparente... A música adormece e acorda. Casa instrumentos que não se conhecem. Os filmes são composições, montagens e colagens aparentemente desconexas (saltos temporais, temáticos, etc...) a partir de uma ideia de caos sereno... Foram construídos a partir de imagens de arquivo no domínio público - trabalhadas, recortadas, sobrepostas... - da NASA, Smithsonian Institute, Pathé, e de imagens pessoais, familiares, etc... Procurei desenhar efeitos cénicos, de interpretação, que marcassem positivamente um ritmo de variação constante e, lá está, serenamente caótico... A música e os músicos estão dentro destas imagens - umas mais claras outras mais abstractas... O jogo de luz resultante revela e esconde constantemente... A música acorda e adormece...
Música Filipe Faria e Pedro Castro a partir de Diego Ortiz (c.1510 - c.1570)
Seleção de Textos Filipe Faria [Pero Meogo (s. XIII?), Cristóvão Falcão (c.1512 - c.1557), D. Dinis (1261 - 1325), Airas Nunes (s. XIII), Joam Zorro (s. XIII)]
Performance Filipe Faria Voz, percussões, ukulele, viela medieval, berimbau, iPad / Pedro Castro Flautas, charamela, duduk, gaita de foles, iPad
Público-alvo M/5
Duração 35/40 minutos
